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Reservas do Brasil atropelam Camarões. E africanos acham graça

Leandro Carneiro

Do UOL, em Trieste (Itália)

24/09/2014 13h17

De volta à quadra menos de 24 horas após sua estreia no Mundial, o Brasil não precisou do time titular para vencer Camarões. Em pouco mais de uma hora, as brasileiras, todas reservas exceto Camila Brait, bateram as camaronesas por 3 sets a 0, parciais de 25-14, 25-15 e 25-18.

Sem ter muito o que fazer para ganhar sequer um set no duelo, as camaronesas resolveram se divertir em quadra, assim como seu técnico Jean Rene Akono. Todos davam apenas risadas a cada ponto brasileiro e de Camarões.

A maratona de jogos do Brasil tem sequência nesta quinta-feira. Às 5h30 (horário de Brasília), a seleção de José Roberto Guimarães enfrenta o Canadá, em duelo que abre a terceira rodada da primeira fase de grupos. A seleção brasileira lidera a chave com seis pontos e ficará na posição mesmo com vitória da Sérvia no último jogo do dia, pois ainda não perdeu sets.

Fases do jogo: O Brasil não precisou de muito tempo para perceber que o jogo seria fácil mesmo com o time reserva. Até a primeira parada técnica, Natália sacou sete vezes consecutivas até a seleção abrir 8 a 1. Depois da pausa, Camarões até teve uma melhora, chegou a pontuar em algumas boas jogadas de ataque e bloqueio, mas nada que pudesse tirar o set com uma vantagem superior a dez pontos.

O segundo set foi um pouco melhor no começo, as camaronesas sentiram menos dificuldade. Mas, mesmo assim, a diferença técnica ficava evidente a cada saque dado pela equipe brasileira. Assim, a vantagem foi aumentando até acabar em dez pontos.

Na terceira parcial, a seleção camaronesa pode comemorar pela primeira vez o fato de estar à frente do marcador, com uma bela virada. O Brasil abriu 8-4, mas começou a errar muito e logo o placar mostrou 9 a 8 para Camarões. A breve reação fez com que a seleção brasileira ligasse o alerta para fechar o duelo sem perder nenhum set.

Toque do técnico: Sabendo do pesado calendário com cinco jogos em apenas seis dias, o técnico José Roberto Guimarães escalou o time quase inteiro reserva. Apenas Camila Brait foi titular novamente. Thaisa nem no banco ficou. As demais só entraram em quadra para fazer aquecimento.

Do outro lado, Jean Rene Akono, técnico camarões, não tinha muito o que fazer. Restava a ele dar risada a cada ponto brasileiro e foi exatamente a postura que o treinador teve ao longo do duelo.

Melhor: Natália – Definitivamente, os saques da jogadora brasileira eram os que mais causavam dificuldade na recepção camaronesa. Não atoa, ela saiu do duelo como a maior pontuadora do jogo.

Pior: Bikatal – A jogadora foi a que mais sofreu com o saque das brasileiras que mandavam quase todas bolas em sua direção. No ataque, a atleta só pontuou no segundo set, tanto é que fez uma grande festa ao marcar.

Para lembrar:

Bolas para a torcida. Antes do jogo, as jogadoras mandaram algumas miniaturas de bolas para os torcedores no ginásio.

Forza Brasile. O técnico José Roberto Guimarães chegou a falar antes da estreia que esperava contar com o apoio italiano. E no duelo desta quarta-feira, alguns gritos para o Brasil, em italiano, foram ouvidos nas arquibancadas.

Dança. As camaronesas sabiam da dificuldade do duelo, mas não perderam o bom humor no jogo. Enquanto as brasileiras se aqueciam, as africanas entraram em quadra cantando e dançando.

Léia. Depois da partida desta quarta-feira, apenas a líbero Léia, reserva de Camila Brait, não teve oportunidade de estar em quadra neste Mundial.

Super Mario. No intervalo do primeiro para o segundo set, um grupo de crianças entrou em quadra fantasiado de Mario e Luigi. Ao som do tema que deixou o game famoso, as crianças fizeram uma apresentação de dança.