Topo

Falta do videocheque surpreende até jogadoras da seleção brasileira

Fernanda Garay estava acostumada com o desafio no Grand Prix - FIVB/Divulgação
Fernanda Garay estava acostumada com o desafio no Grand Prix Imagem: FIVB/Divulgação

Leandro Carneiro

Do UOL, em Trieste (Itália)

26/09/2014 16h11

A primeira fase do Mundial de vôlei feminino apresentou uma novidade. O sistema de videocheque que foi utilizado na competição masculina e também no Grand Prix ficou de fora e surpreendeu até algumas atletas, como Fernanda Garay, titular da seleção brasileira.

“A gente acostuma, entendemos que tem momentos que árbitro não consegue ver, está além da capacidade e passa batido, eles não conseguem. A gente acaba sentindo falta, porque acostumou no final do Grand Prix e a gente tem certeza e não tem como provar. A gente soube quando estava no jogo (de estreia) e ficou procurando”, disse Garay.

Diferentemente do que aconteceu com a ponteira, Fabiana, capitã do Brasil, já sabia da ausência do sistema antes da estreia, pois havia perguntado. Mesmo assim, ela não deixa de lamentar a falta do replay.

“É ruim, porque em momentos decisivos pode comprometer. Dependendo do jogo, isso é um ponto crucial que pode comprometer o jogo, mas é chato. Antes, a gente jogava sem isso, agora que tem o desafio”, completou.

Os motivos da ausência do sistema não foi explicado pela organização do torneio. Membros da própria Confederação Brasileira de Vôlei disseram que apenas foram informados que o videocheque não funcionaria.

Procurada para falar sobre o assunto, Federico Ferraro, porta-voz da Confederação Europeia de Vôlei, não explicou a razão da ausência do sistema, apenas disse que isso foi um acordo entre a organização do torneio e a Federação Internacional de Vôleibol.

“O sistema será implementado na segunda fase do torneio em diante. Essa cláusula foi incluída no contrato assinado entre a FIVB e o Comitê Nacional de Organização da Itália, em que ambas concordaram”, disse Ferraro.