Topo

'Gamova do Caribe' de 18 anos ajuda brasileiro a fazer história no Mundial

Leandro Carneiro

Do UOL, em Milão (Itália)

09/10/2014 06h00

A seleção da República Dominicana fez história no Mundial feminino de vôlei. Sob o comando do brasileiro Marcos Kwiek, a equipe chegou entre as seis melhores da competição e atingiu seu melhor resultado que até aqui era o 11º lugar. E uma das responsáveis por isso é Brayelin Martinez, que tem chamado a atenção de todos.

Com apenas 18 anos e 2 metros de altura – ela é a maior entre as dominicanas, Martinez é apontada como um dos pontos fortes do time dominicano. Em sua região, ela ganhou até um apelido curioso: “Gamova do Caribe”. Esse talento demonstrado pela jogadora é um dos motivos do treinador Kwiek apostar logo cedo na garota e trazê-la para o time adulto.

“Lá no Caribe, na nossa região, chamam ela de Gamova do Caribe. É uma menina espetacular e gosta de trabalhar. É um diamante, um dos, têm alguns outros vindo atrás dela. Ela já vem de vários campeonatos com time adulto, desde os 16 anos que estou trazendo ela, para começar viver ambiente, porque ela é nosso futuro”, disse o treinador.

“Ela é uma jogadora de 2 metros e joga de ponteira passadora, teve muita responsabilidade das categorias de base, maior pontuadora do Mundial no Infanto, no Juvenil e no sub-23. Ela já vem trabalhando algum tempo e a gente aposta muito nela”, completou o técnico.

O treinador brasileiro sabe bem com quem está comparando sua jogadora. Ele fazia parte da comissão técnica do Brasil no Mundial de 2006, quando a seleção perdeu a final para a Rússia, que tinha Gamova como uma de suas armas.

Gamova é 16 anos mais velha que a jogadora dominicana e possui apenas dois centímetros a mais que a jogadora. Se seguir os passos da russa, Martinez poderá levar a República Dominicana ao lugar que nunca chegou, como a conquista de um título mundial.

Se quiser começar a copiar o currículo de Gamova já nesta competição, Martinez terá de passar pelo Brasil, adversário das dominicanas na próxima sexta-feira. Antes disso, ela tem o desafio contra a China, rival que derrotou as dominicanas na segunda fase.