Irã critica FIVB por tirar torneio do país por conta de prisão de mulher
O Irã reclamou da decisão da Federação Internacional de Vôlei de tirar o seu direito de sediar competições internacionais até que o país reveja sua posição de não permitir que mulheres assistam a partidas nos ginásios.
A polêmica ganhou mais espaço depois da prisão de Goncheh Ghavami, que tentou ir a um jogo masculino da modalidade entre Irã e Itália pela Liga Mundial. Ela foi detida e condenada a um ano por “propaganda contra o regime”.
O presidente da federação iraniana, Mohammad Reza Davarzani, prometeu protestar. “O caso Ghavami não tem nada a ver com vôlei e relacionar um ato não desportivo com nosso esporte é injusto”, reclamou, em entrevista à agência AFP. “A prisão da jovem não aconteceu dentro do ginásio nem durante a partida. Não é de responsabilidade da federação”, continuou.
A probição já teve uma primeira consequência, já que o Irã perdeu para a Argentina a organização do Mundial sub-19, que está previsto para acontecer em 2015.
O dirigente ainda diz ter fotos que mostram diversas mulheres nas partidas do Irã contra Brasil, Polônia e Itália, também pela Liga Mundial, e que a proibição é uma ofensa ao país.
“É uma falta de respeito com os milhões de fãs iranianos. Em casa ou fora, temos demonstrado no crescimento. Mas, isso não irá parar nossa evolução”, bradou.
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