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CBV diz que relatório da CGU não surpreende e que crê em permanência do BB

Nauri Barbieri (à direita) prega a transparência na CBV  - Alexandre Arruda/CBV
Nauri Barbieri (à direita) prega a transparência na CBV Imagem: Alexandre Arruda/CBV

Do UOL, em São Paulo

12/12/2014 11h53

Após a divulgação do relatório da Controladoria Geral da União (CGU) apontando irregularidades em contratos da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) de R$ 30 milhões, o superintendente Neuri Barbieri, que faz parte da nova diretoria da entidade formada há oito meses, corroborou as denúncias e disse que já esperava esse tipo conclusão da CGU.

Em entrevista ao programa "Redação Sportv", o superintendente da CBV, Neuri Barbieri, disse que a confederação foi surpreendida.

“Esse relatório e assuntos dele já foram abordados pela imprensa e gerou a queda da diretoria anterior. Desde aquele momento assumimos um compromisso público para divulgar as providencias que tomamos na época. A conclusão da CGU não nos surpreende porque as atitudes que estamos procedendo elas batem com essas informações da CGU”, disse.

A revelação de irregularidades em contratos da CBV gerou a renúncia do então presidente Ary Graça, que hoje preside a Federação Internacional de Vôlei.

“O presidente Ary Graça, que presta um brilhante trabalho em termos de conquistas, acabou tendo algumas irregularidades constatadas na auditoria. Convocamos à imprensa e explicamos na época. A auditoria se tornou publica e o Ary Graça tem dever pessoal de se defender”, disse Neuri.

Pregando transparência Neuri Barbieri ressaltou que discorda com o ponto do relatório reverente ao não pagamento de bônus por desempenho aos atletas e que a CBV vai contestar. “Eu devo contestar alguns fatos do relatório, por exemplo, sobre o bônus de performance não pago, isso é uma inverdade”, comentou Neuri, que ainda criticou a atitude de atletas que têm se manifestado contra a entidade e definiu a atitude como “prejudicial ao vôlei brasileiro”.

Sobre o anúncio de que o banco estatal não vai mais patrocinar o voleibol do Brasil, o superintendente acredita que isso não será para sempre.

“Na minha opinião, o Banco do Brasil vai continuar sim com o vôlei, vamos passar por um momento de preocupação  nas seleções adultas e de base, mas temos que saber nosso trabalho e é obrigatório o cumprimento das exigências”, completou.

"O contrato tem cláusulas de confidencialidade. Mas são R$ 60 milhões (R$ 30 milhões praia e R$ 30 milhões quadra) por ano e mais R$ 10 milhões de performance de resultado. Os eventos utilizam quase todo esse valor. Vôlei de praia utiliza 28 milhões e quadra também é próximo disso. Para 2015 estamos pretendendo economizar um pouco e gastar R$26 milhões em eventos", disse.