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Indignados, jogadores compartilham bola de vôlei com nariz de palhaço

Jogadores de vôlei compatilham nas redes sociais imagem de protesto contra escândalos na CBV  - Reprodução Facebook
Jogadores de vôlei compatilham nas redes sociais imagem de protesto contra escândalos na CBV Imagem: Reprodução Facebook

Do UOL, em São Paulo

14/12/2014 16h56

Jogadores de vôlei estão compartilhando uma imagem nas redes sociais para manifestar o descontentamento com os indícios de desvios milionários na CBV (Confederação Brasileira de Voleibol). Seja no Twitter, Instagram ou Facebook, a figura de uma bola usando chapéu e nariz de palhaço acompanhada do texto #respeitoaovoleibol apareceu nas páginas de atletas que defendem ou defenderam a seleção.

Alguns exemplos de jogadores que estão neste grupo são Murilo, Gustavo, Lucão, Jaqueline, Bruninho, Éder, Maurício e Toaldo. A escolha da imagem tem relação com a forma de protesto encontrada pelos atletas para manifestar o descontentamento com o relatório da CGU (Controladoria-Geral da união) que apontou desvio de R$ 30 milhões. Neste sábado, jogadores de quatro equipes entraram em quadra com narizes de palhaço.

O atletas combinaram o protesto por WhatsApp e prometem acompanhar o caso de perto para exigir que providências seja tomadas. Murilo, um dos líderes do movimento, afirmou que haverá pressão até o dinheiro ser devolvido e os responsáveis punidos. Mas está descartada uma paralisação da Superliga. Os jogadores entendem que a medida prejudicaria os clubes e os patrocinadores que nada tem a ver com as suspeitas.

Eles querem que a atual direção da CBV encaminhe as denúncias da CGU para o Ministério Público ou Polícia Federal. Ocorre que o presidente, Walter Pitombo Laranjeiras, ocupou o cargo de vice por 28 anos e é a continuidade da administração Ary Graça, chefe na época dos supostos desvios.

Os atletas darão um tempo para ele mostrar que segue outra linha. Se nada acontecer, tomarão providências. Levantador do Sada Cruzeiro, William falou que neste caso a direção da CBV deve ser trocada e a entidade ser administrada por pessoas com capacidade de reformular a gestão.