Fivb segura premiação de quase R$ 4 milhões da CBV, diz jornal

A crise no vôlei brasileiro tem nesta sexta-feira um novo capítulo. A CBV acusa a Fivb de não pagar a premiação de dois torneios: O Grand Prix e a Liga Mundial. O valor seria de aproximadamente R$ 4 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A retenção teria acontecido após a entidade brasileira desistir de sediar a fase final da Liga Mundial do próximo ano. O Brasil havia se comprometido a receber a competição. A desistência foi definida devido às punições disciplinares sofridas por Bernardinho, Mário Júnior, Murio e Bruninho no Mundial da Polônia.

“A Fivb tem retido o pagamento dos prêmios recebidos pela CBV na Liga Mundial e Grand Prix, sem o consentimento da CBV. A Fivb quer usar o valor como compensação para a taxa de sediamento”, afirmou a entidade em nota emitida ao jornal.

O Estado de S. Paulo já havia revelado que a Fivb tenta encontrar uma saída para a crise com a CBV. Ambas as entidades estão em contato e reuniões estão planejadas para tentar manter o torneio no Brasil.

A CBV pode sair prejudicada caso mantenha o posicionamento e desista da Liga. As punições prováveis vão desde multas até um período de quatro anos sem sediar eventos realizados pela Fivb. 

Outro lado

A Federação Internacional de Vôlei, por meio de curta nota, não confirmou a informação divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com a assessoria da entidade, a Fivb não reteve qualquer pagamento à CBV e encerrou o assunto dizendo que não provocará um debate com a entidade brasileira pela mídia.

Veja, abaixo, a íntegra da nota da assessoria da FIVB:

Não iremos conduzir este debate por meio da mídia, mas temos todas as provas necessárias para atestar que a FIVB não está retendo o dinheiro do prêmio e que as ações foram tomadas a pedido e com a aprovação da CBV. Estes documentos serão apresentados quando oficialmente solicitados. A FIVB espera sinceramente que não seja necessário chegar a esse ponto e que a CBV se retrate desta acusação totalmente infundada.