Brasil admite receber Liga Mundial após desistência e crise com cartola

A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e a Federação Internacional de Vôlei (FIVB, na sigla em inglês) voltaram a conversar com o intuito de devolver ao Brasil o direito de sediar a fase final da Liga Mundial, de 15 a 19 de julho, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. A entidade nacional havia desistido da organização depois de uma punição dada pela FIVB um dia depois de um relatório do Controladoria Geral da União (CGU), que apontava irregularidades na administração de Ary Graça, hoje na entidade internacional.

A confederação brasileira que regulamenta a modalidade no país voltou atrás na decisão de não receber o evento. E dirigentes das duas federações se encontraram no Rio. Para o Brasil, o evento é de suma importância, uma vez que servirá como evento teste para os Jogos Olímpicos-2016.

Em nota, a CBV afirmou que “há uma aproximação das entidades, já que, em rota de colisão, as duas saem perdendo e o voleibol muito mais”.

Os brasileiros abriram mão de promover a Liga Mundial quando, em dezembro, a FIVB puniu três brasileiros por confusão no jogo contra a Polônia, na terceira fase do Mundial, em setembro do ano passado.

O técnico Bernardinho foi sancionado com 10 jogos de suspensão e multa de US$ 2 mil (cerca de R$ 5,7 mil). O líbero Mário Júnior, levou um gancho de seis jogos, o ponteiro Murilo, um jogo. Já o levantador Bruninho, filho de Bernardinho, levou multa de US$ 1 mil (cerca de R$ 2,8 mil).

As punições foram anunciadas no dia seguinte ao relatório da Controladoria Geral da União (CGU) apontando diversas irregularidades na gestão da verba pública repassada pelo Banco do Brasil à CBV durante a gestão de Ary Graça, hoje presidente da FIVB.

Em represália ao ato da federação internacional, a confederação nacional abriu mão da Liga Mundial. Agora, a FIVB já recebeu propostas de Austrália, Polônia e Irã para sediar a fase final. A CBV pede que as punições sejam canceladas para que a Liga Mundial volte ao Rio.

A Liga Mundial no Brasil é um desejo do técnico Bernardinho, pois ele quer preparar seus jogadores ao clima que será encontrado na Olimpíada de 2016. Quando a punição foi anunciada, ele chegou a dizer que a atitude da FIVB era uma represália pelas denúncias do CGU.

Já a FIVB informou que Austrália, Polônia e Irã pleiteam o direito de organizar o evento em substituição ao Rio.