Seleção feminina de vôlei será dividida, mas evita priorizar competições
Assim como a seleção brasileira masculina, o vôlei feminino do Brasil vai trabalhar em 2015 com um grupo grande e dividirá atletas entre as que vão disputar o Grand Prix e as que irão aos Jogos Pan-Americanos de Toronto. As similaridades de planejamento entre as equipes nacionais, contudo, terminam aí. Enquanto os homens mandarão força máxima à Liga Mundial e separarão o grupo de acordo com quesitos técnicos, o técnico José Roberto Guimarães decidiu montar dois times equilibrados e não vai priorizar nenhum torneio.
“A explicação para isso é a nossa ideia de que temos jogadoras com diferentes condições. Temos algumas mais experientes, que já tiveram muitas passagens pela seleção e disputaram vários campeonatos, e outras com menos vivência. A ideia é dividir a seleção em duas, mas não criar uma única mais forte. Queremos que todas joguem e que algumas mais novas tenham oportunidade. Não dá para dizer ainda quem vai para onde, mas vamos avaliar assim”, explicou Zé Roberto em entrevista coletiva nesta segunda-feira (04), no Rio de Janeiro.
A comissão técnica da seleção feminina, que já havia convocado 13 atletas, e Zé Roberto chamou outras 20 nesta segunda-feira. O grupo treinará em Saquarema até o início de maio, quando iniciará uma série de quatro amistosos contra o Japão em Sorocaba (10/05), São Bernardo do Campo (13/05), Mogi das Cruzes (16/05) e no Rio de Janeiro (18/05).
Na última semana de junho, as jogadoras viajarão para a Holanda. De lá, seguirão para a Tailândia, onde o Brasil disputará a primeira fase do Grand Prix (estreia no dia 3 de julho, contra o Japão).
Depois dos jogos na Tailândia, a seleção fará uma sequência pelo Grand Prix em São Paulo até 12 de julho. A partir disso, um grupo viajará para disputar a fase final do torneio nos Estados Unidos e outro seguirá para os Jogos Pan-Americanos de Toronto.
“Com todas essas jogadoras mais experientes, porque se eu falar velhas elas ficam bravas, a nossa preocupação é trabalho físico. Quando caiu a última bola dos Jogos Olímpicos de Londres e nós soubemos que íamos continuar na seleção, começamos a pensar nesse ciclo. Eu estou muito apreensivo – técnico sempre acha que o tempo é curto”, disse Zé Roberto.
A divisão, portanto, levará em consideração uma série de aspectos além da questão técnica. A ponteira Jaqueline, por exemplo, já disse que não participará dos Jogos Pan-Americanos.
“Quem passou isso para ela fui eu. A ideia seria essa, mesmo porque a primeira fase do Grand Prix vai ser na Tailândia. Essas jogadoras viajarão muito, farão um torneio muito desgastante, e algumas vão participar de outra fase. Não gosto da palavra poupar, mas a Jaque deve ficar para a segunda fase do Grand Prix”, relatou o treinador da seleção.
Em dois casos, a preocupação com o físico tirou as atletas por um tempo até maior. A oposto Sheilla (Vakifbank SK-Turquia) e a central Fabiana (Sesi-SP), capitã da seleção, não foram incluídas no grupo de 33. Elas devem ser incorporadas aos treinos depois do término do Pan e do Grand Prix.
“Com essas jogadoras nós temos de pensar diferente. Elas estão na seleção há muitos anos, desde 2002, e jogaram 90% dos campeonatos. Pensando nisso e na integridade física delas, até porque a Sheilla acabou o Campeonato Turco no último domingo, elas precisam de reciclagem, de descanso e de tranquilidade para renovar as energias. Elas se apresentarão no início de agosto”, finalizou Zé Roberto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.