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Brasil volta a perder um set, bate China e vira único invicto do Grand Prix

Do UOL, no Rio de Janeiro

22/07/2015 19h09

Começou de forma preocupante a participação da seleção brasileira na fase final do Grand Prix de vôlei feminino, que está sendo realizada em Omaha (Estados Unidos). Nesta quarta-feira (22), o time comandado por Paulo Coco foi superado pela China no primeiro set – foi apenas a terceira derrota em 30 parciais no torneio. No entanto, a instabilidade das sul-americanas parou aí. Atuais bicampeãs, as brasileiras reagiram e venceram por 3 a 1 (parciais de 23/25, 25/20, 25/16 e 25/14).

O resultado fez da seleção brasileira a última invicta no Grand Prix de 2015. A China também ainda não havia sofrido uma derrota sequer na competição, mas já acumulava cinco sets perdidos na atual temporada antes de entrar em quadra nesta quarta-feira.

Além do aspecto moral, a vitória brasileira é extremamente relevante em termos de classificação final. A fase final do Grand Prix é disputada por seis seleções, e todas se enfrentam em turno único. No fim, a campeã é a equipe que somar mais pontos (vitórias por 3 x 0 ou 3 x 1 valem três, triunfos por 3 x 2 contam dois e reveses representam um).

A China, por tudo que havia feito no Grand Prix até o início da fase final, despontava como forte candidata ao título. Contudo, a seleção asiática reservou forças (titulares e até a técnica) para a disputa da Copa do Mundo de vôlei, que tem início marcado para o dia 2 de agosto, no Japão.

O Brasil também tem disputado o Grand Prix com formação alternativa. Entre as titulares desta quarta-feira, por exemplo, apenas a levantadora Dani Lins está no time ideal do técnico José Roberto Guimarães – técnico que foi aos Jogos Pan-Americanos e tampouco tem participado da fase final do Grand Prix. Ainda assim, as sul-americanas têm feito a campanha mais consistente da competição na atual temporada.

Consistência, porém, foi o que menos se viu no Brasil do primeiro set contra a China. As asiáticas tiveram um aproveitamento incrível em saques, conseguindo quebrar sempre o passe e tirar a bola das mãos de Dani Lins. O resultado disso é que as centrais Carol e Juciely, grandes destaques da seleção no Grand Prix, participaram pouco do ataque. Isso equilibrou a parcial, e as chinesas venceram por 25 a 23.

Para sorte do Brasil, contudo, o ritmo do jogo mudou a partir do set seguinte. O passe voltou a funcionar, e o saque também dificultou demais a recepção das chinesas. Com isso e uma participação mais efetiva das centrais, o time de Paulo Coco passou a ser dominante. Sobretudo porque as asiáticas, quando acuadas, falharam tudo que não haviam falhado no primeiro set. Elas concederam 24 pontos em erros na soma de toda a partida (as sul-americanas erraram em apenas 15 pontos).