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CBV confirma Zé Roberto no vôlei feminino até Tóquio-2020

José Roberto Guimarães na coletiva na qual confirmou sua permanência na seleção - Divulgação
José Roberto Guimarães na coletiva na qual confirmou sua permanência na seleção Imagem: Divulgação

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

23/09/2016 11h16

A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) anunciou nesta sexta-feira (23) a permanência do técnico José Roberto Guimarães, 62, no comando da seleção feminina de vôlei. A renovação do contrato de Zé Roberto foi antecipada pelo UOL Esporte na quinta-feira. Nesta manhã, o técnico concedeu uma entrevista coletiva na sede da confederação para ratificar que segue treinando a seleção.

Segundo o CEO da CBV, Ricardo Trade, informou que Zé Roberto comandará a seleção feminina até 2020, ano da Olimpíada de Tóquio. Para Trade, a renovação com o técnico é uma vitória para o vôlei brasileiro. 

"Demos o Zé de presente para o povo brasileiro. Sobre o masculino, não há novidades. Deixamos para o Bernardo claro que queremos a permanência dele. Tanto ele quanto o Zé eram nossas vontades. Nunca houve dúvida alguma. Estamos respeitando o tempo pedido por ele para decidir", afirmou o CEO.

"Eu não me via fora da confederação e do vôlei. Está tudo caminhando bem. Acho que temos um novo ciclo promissor", afirmou o treinador.

Técnico da seleção feminina desde 2003, Zé Roberto foi campeão olímpico em Pequim-2008 e Londres-2012. É o único brasileiro com três ouros em Jogos (como comandante do time masculino, havia conquistado Barcelona-1992).

Na Rio-2016, contudo, a seleção feminina foi eliminada pela China e parou nas quartas de final. Com a renovação de contrato, além de recuperar o bom rendimento de ciclos anteriores, Zé Roberto terá missão de forjar um novo grupo – alguns dos alicerces da geração que disputou os Jogos deste ano, como a central Fabiana e a oposto Sheilla, já disseram que não seguirão na equipe nacional.

Esta eliminação, aliás, serviu de motivação para o treinador aceitar o convite para seguir por mais quatro anos.

"Ficou um sentimento de não ter cumprido a missão. Não era o momento de sair e abandonar. Era o momento de seguir", disse. "O Brasil tem. Que se manter entre os melhores do mundo", disse o treinador.

"Os objetivos são claros. O mais importante é permanecer entre as melhores seleções. Ganhar e perder faz parte da trajetória, assim como para os outros times. Mas o mais importante é se manter entre os melhores. Começamos o ano como Grand Prix, onde podemos jogar contra as melhores, depois Copa dos Campeões, Sul-Americano, que é classificatório para o Mundial, em que batemos três vezes na trave", completou.

Mudança na direção

O ex-técnico da seleção masculina Radamés Lattari assume como diretor de vôlei de quadra no lugar de Renan Dal Zotto, que deixa a CBV por razões pessoais.