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Bernardinho deixa seleção após 16 anos; Renan dal Zotto é novo técnico

Renan é apresentado como novo técnico da seleção - Bruno Braz/UOL - Bruno Braz/UOL
Imagem: Bruno Braz/UOL

Bruno Braz e Leandro Carneiro

Do UOL, no Rio de Janeiro e São Paulo

11/01/2017 16h26

Depois de 16 anos chegou ao fim o ciclo de Bernardinho à frente da seleção masculina de vôlei. Após o título olímpico no Rio de Janeiro, o treinador optou por não seguir no cargo que ocupava desde 2001.

O anúncio de sua saída foi feito na tarde desta quarta-feira em entrevista coletiva na sede da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), no Rio de Janeiro. Renan dal Zotto será o novo comandante da seleção. No último ciclo, ele ficou como diretor de seleções da CBV.

Embora não seja mais treinador, Bernardinho não estará longe da seleção brasileira. De acordo com o diretor de seleções da CBV, Radames Lattari, ele ocupará o cargo de coordenador-técnico da equipe:

"O Bernardo será coordenador da seleção masculina e fará também um trabalho com a base, porque ele gosta bastante deste trabalho de formação. Ele falou, naquele estilo bem Bernardinho, que não se importa com nomenclatura. O que ele quer é ajudar".

Renan dal Zotto acredita que a parceria com Bernardinho continuará em sintonia, assim como já acontecia quando o novo treinador era diretor de seleções:

"A influência dele é sempre positiva. A nossa relação é muito boa. Assim como fazia com ele, sei que ele vai me ajudar. Se sentar na mesa com ele, 90% do assunto é voleibol. Vaidade e a ultima coisa que nos move ali dentro. Então, vai ser sempre muito prazeroso trabalhar com ele".

A saída

Segundo apurou o UOL Esporte, a saída de Bernardinho foi definida na noite da última terça-feira. Em uma reunião com Ricardo Trade, CEO da CBV, e Radamés Lattari, diretor de seleções, o treinador anunciou que não continuaria.

A última terça-feira era a data limite dada pelos dirigentes da CBV para Bernardinho anunciar sua decisão. A data havia sido definida em 23 de dezembro, quando eles se reuniram para conversar sobre a renovação.

Desde a conquista do ouro olímpico no Rio de Janeiro, Bernardinho sinalizava a intenção de deixar o comando da seleção. A pressão familiar pesou na decisão.

Antes de assumir o comando da seleção masculina de vôlei, Bernardinho trabalhou no time feminino. Ele somou 24 anos trabalhando para a confederação.