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"Sem peso nas costas", Bruninho receberá chance com quem o revelou no vôlei

Leandro Carneiro

Do UOL, em São Paulo

12/01/2017 04h00

Quando for convocado e entrar em quadra pela primeira vez pela seleção brasileira em 2017, Bruninho encontrará um cenário inédito vestindo a camisa da equipe nacional. O capitão do ouro olímpico no Rio de Janeiro não terá de conviver com comentários que o acompanham desde 2007 por ser o "filho do técnico". 

Esse "peso nas costas" de sempre ter de mostrar que tem capacidade para defender a seleção começou pouco antes dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Com o polêmico corte de Ricardinho por desavenças com Bernardinho, Bruninho virou o levantador reserva da equipe e encarou olhares tortos e dúvidas dos críticos. 

Na época, o atleta já tinha em seu currículo títulos da Superliga e havia sido eleito melhor levantador da competição em duas oportunidades, prêmio que levaria mais duas vezes na carreira.

Nove anos depois, ele chegou ao Rio de Janeiro com a missão de ser capitão do time masculino. O peso natural dos comentários se somou ao fato de ele vir de dois vice-campeonatos olímpicos, um deles como titular da equipe (em Londres-2012).

Para comandar o time e fazer uma preparação melhor, Bruninho fez um trabalho com Giuliano Milan, coach de atletas, para que o levantador aprendesse a lidar melhor com a pressão e se tornasse um líder mais capacitado.

O treinamento mostrou resultado em quadra, com Bruninho conduzindo seus companheiros ao título olímpico no Rio de Janeiro. Agora, quando entrar em quadra novamente, dez anos depois da sua estreia, Bruninho deixará de ser “o filho do técnico” e ainda terá um currículo recheado de conquistas pela seleção, com todos os títulos possíveis.

Outro ponto positivo para o levantador é o fato de que seu novo treinador também é um velho conhecido. Renan dal Zotto, como gestor de esportes, foi quem revelou Bruninho para o vôlei em 2003, no Unisul. Juntos, eles foram campeões da Superliga pelo Cimed.

O levantador fez uma homenagem nas redes sociais ao pai após o anúncio da saída da seleção brasileira.