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Como Bruna Honório foi de baixinha a protagonista em time de selecionáveis

Bruna Honório foi destaque da temporada - Reprodução/Instagram
Bruna Honório foi destaque da temporada Imagem: Reprodução/Instagram

Leandro Carneiro

Do UOL, em São Paulo

10/05/2019 18h21

Quando você olha para uma quadra de vôlei, provavelmente, espera jogadoras altas. Quando pergunta quem são as principais jogadoras do time do Minas de vôlei, a resposta deve ser Carol Gattaz, Macris, Gabi e Natália. É exatamente neste cenário que uma "baixinha" de 1,81 metros chamou atenção.

Bruna Honório foi uma das melhores jogadoras brasileiras na temporada em um time que teve "encontro de almas", como ela mesma definiu ao citar o técnico Stefano Lavarini. Os títulos e os números mostram que a "baixinha" virou protagonista. A oposta foi a quarta maior pontuadora desse ano e a melhor brasileira, com 373 pontos, ficando atrás de Skowronska, Destinee Hooker e Nicole Fawcett. Quando assunto é média, ela passa a ser a segunda do país, atrás apenas de Ivna, com 4,01 pontos por set.

A atleta já havia feito uma temporada muito boa há um ano, quando vestia a camisa do Pinheiros. E foi assim que ela se credenciou para ter a primeira oportunidade na seleção de vôlei. No entanto, um problema de saúde - tumor no coração -, a deixará fora da temporada com a equipe de José Roberto Guimarães.

Apesar de ter chegado ao auge aos 29 anos, Bruna tem bastante rodagem no vôlei. Ela chegou a defender o Rio de Janeiro por três temporadas seguidas, mas decidiu sair da equipe de Bernardinho por ter pouco espaço.

O sonho da seleção foi real durante a temporada pelo Pinheiros em 2017/2018. A frustração veio, mas ela não se abateu e se destacou pelo Minas. Há uma semana, em seu perfil no Instagram, não escondeu a alegria de vestir a camisa do Brasil.

"Quer notícia melhor pra essa sexta? Depois de uma temporada incrível e contrato renovado, segunda-feira me apresento em Saquarema! Vou vestir essa linda camisa do Brasil! Conto com a torcida de vocês", escreveu.

Ser baixinha nunca foi problema para Bruna. Para se destacar entre as atletas maiores, ela sempre soube que era necessário usar a cabeça. "É preciso ser inteligente e saber que não vou conseguir atacar por cima do bloqueio", falou ao Saída de Rede há um ano.

Apesar de não ter atuado pela seleção principal, Bruna tem passagens pelas seleções de novos, militar e universitária.

Fora de quadra

O vôlei é assunto na vida da atleta até quando não está atuando. Ela namora Rafael Bairros, jogador do Ribeirão Preto, relacionamento que é sempre destacado em suas redes sociais.

Outra coisa que se tornou rotina na vida da oposta são ações de caridade nas cidades de Agudos e Borebi. Neste ano, ela doou cestas básicas para a Associação de Câncer de Agudos.

Para passar o tempo, uma das diversões da jogadora são os games. Quando comprou jogos para o seu Nintendo Switch, ela até brincou sobre sua nova paixão e o "fim de sua vida social".