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Sentença de Oscar Pistorius sai na 3ª e decide se ele vai ou não à cadeia

Do UOL, em São Paulo

17/10/2014 07h33

Oscar Pistorius saberá qual a sua pena na terça-feira. Já condenado por homicídio culposo, o atleta está passando desde segunda-feira por audiências que definirão sua sentença e, nesta sexta-feira, a corte anunciou quando ele enfim saberá se vai para a cadeia ou se cumprirá sua punição em prisão domiciliar.

A juíza Thokozile Masipa é a responsável pelo caso. As audiências de segunda até esta sexta-feira giraram prioritariamente em torno de dois temas. O primeiro foi decidir se Pistorius apresentava remorso e se seu arrependimento era real. O segundo, as suas condições de cumprir pena em regime fechado, já que sem suas próteses ele não consegue se levantar sozinho e isso representaria um risco na prisão.

Há cerca de um mês, Masipa livrou Pistorius da acusação de homicídio doloso, que renderia uma pena maior, já que considerou que ele não teve intenção de matar Reeva, mas que foi negligente ao atirar através de uma porta, pensando se tratar de um invasor.

A pena para o atleta poderia chegar a 15 anos – se fosse homicídio culposo, seriam 25 -, mas especialistas consideravam opções menos agressivas, inclusive com períodos longos da sentença sendo cumpridos em casa. Ou até apenas a prisão domiciliar, o que foi criticado por abrir um precedente perigoso para este tipo de crime. 

A psicóloga que realizou as sessões de terapia com Pistorius, Lore Hartzenberg, afirmou no começo da semana que o sul-africano em todo o período se mostrou muito emotivo, frequentemente irrompendo em lágrimas. Segundo ela, ele se sente "denegrido e humilhado" pela mídia e os usuários de redes sociais, o que o leva a se achar "completamente insignificante".

Hartzenberg afirmou à juíza que considera Pistorius genuinamente arrependido. "Ele tem flashbacks e revive os disparos em sua mente, fazendo com que seja difícil se livrar disso. Ele é um homem 'quebrado', que perdeu tudo", analisou ela.

O responsável por cuidar de sua liberdade durante o julgamento foi ouvido na audiência deste segundo e falou favoravelmente à sentença de prisão domiciliar, por ele ser réu primário. Para Joel Mashaba Maringa, o trauma do caso como um todo já foi punição suficiente.

Em casa, ele teria uma série de regras para cumprir, mas ficaria mais livre para competir, o que seria, de acordo com Maringa, um "benefício à sociedade".