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"Rebelde" do atletismo brasileiro é suspensa por dois anos por doping

Vanda compunha a seleção brasileira de revezamento 4 x 100m - Andy Lyons/Getty Images
Vanda compunha a seleção brasileira de revezamento 4 x 100m Imagem: Andy Lyons/Getty Images

Do UOL, de Brasília

17/12/2014 11h53

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou nesta quarta-feira, 17, a suspensão por dois anos da atleta Vanda Ferreira Gomes. Ela foi submetida a um teste de urina, em 25 de setembro, no qual foi encontrada a substância Anastrozole (hormônio e modulador metabólico - S4), proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada). Ela estava suspensa preventivamente.

A decisão foi tomada pela Comissão Disciplinar Nacional (CDN) da confederação na noite de terça-feira, em audiência em São Paulo. A punição começou a contar de 5 de dezembro, quando inciou-se a suspensão preventiva e vale até dezembro de 2016.

Há uma semana, o UOL Esporte divulgou que o exame a que Vanda foi submetido surgiu após uma denúncia anônima, recebida pela CBAt.

Vanda é medalhista de ouro no revezamento 4x100m no Pan-2011 e protagonizou uma cena triste na final da mesma prova no Mundial-2013, em Moscou. Ela não conseguiu pegar o bastão da mão da colega de time Franciela Krasucki nos últimos 100m e o Brasil foi eliminado. Na saída da prova, ela foi a mais crítica quanto ao desempenho. "Ficamos 40 dias fora de casa, comendo mal, dormindo mal. É reflexo da preparação. Eu errei, a Franciela errou, é isso", detonou Vanda.

Pela entrevista, foi levada a julgamento em 2013 e suspensa por uma competição pelo STJD. Seu nome também não foi incluído no programa Bolsa Pódio, do governo federal, que dá auxílio financeiro aos atletas olímpicos e paraolímpicos com potencial de chegar ao pódio no Rio-2016.

Entre todas as integrantes daquele time que falhou na final de Moscou-13, somente Vanda foi submetida pela Conad a exames fora do período de disputas em 2014. Apenas 5% dos testes antidopagem foram realizados em época de treinamentos neste ano. A CBAt assegura que não tem nenhuma relação entre as críticas no Mundial do ano passado à denúncia anônima para o teste em setembro.

Outros casos
A mesma sessão da CDN da confederação também julgou outros dois casos de doping. Francisco Ivan da Silva Filho foi suspenso por um ano, com redução para quatro meses, dependendo de controles antidoping realizados neste período. Seu exame apresentou resultado positivo em controle de dopagem, realizado em 12 de outubro último, em Campo Grande (MS), durante a Volta das Nações. A análise demonstrou a presença da substância proibida Stanozolol e seus metabólitos (Anabólico Esteroide Exógeno - S1). A punição conta a partir de 12 de novembro deste ano.

Já Silvano Lima Pinto foi suspenso por um ano por se recusar a passar pelo controle de doping em 24 de agosto, durante a Corrida da Saúde, em Sorocaba (SP). A punição vale a partir do dia 8 de outubro.