Como medalha olímpica conquistada no Rio salvou menino de câncer raro
A família Szymanski precisava praticamente de um milagre para salvar a vida do menino Olek, de três anos. E conseguiu não um, mas dois. Tudo graças à medalha de prata conquistada na Olimpíada do Rio por Piotr Malachowski, atleta polonês do lançamento de disco. Foi o leilão dessa medalha que pagou o tratamento para salvar a vida do pequeno Olek.
Com cerca de um ano de vida, no fim de 2014, o garoto polonês foi diagnosticado com retinoblastoma, um tipo raro de câncer na retina. “Desmaiei quando recebi a notícia. Acho que foi uma reação normal para uma mãe que descobre que seu filho está doente”, contou a mãe, Gosia, à "ESPN" norte-americana.
Olek começou a fazer quimioterapia e sofreu as consequências do procedimento agressivo, como a perda de cabelo. No entanto, o tratamento não foi suficiente para conter o tumor. Os pais, então, descobriram que só um especialista nos Estados Unidos poderia salvar a vida do garoto.
O problema era o custo do tratamento e da viagem: US$ 300 mil (quase R$ 1 milhão). A família não tinha nem 10% do dinheiro. Então um dia em agosto, assistindo à Olimpíada do Rio, o pai, Tomasz, viu uma entrevista ao vivo de Piotr Malachowski, que havia acabado de ganhar a medalha de prata no lançamento de disco.
À TV polonesa, o atleta disse que iria leiloar a medalha para ajudar alguém que estivesse precisando. "A primeira pessoa a me procurar foi a mãe de Olek. Quando pesquisei sua doença, percebi que eu precisava ser rápido para poder ajudá-lo", disse Malachowski.
E ele foi muito rápido. Promoveu um leilão virtual e conseguiu, por meio das redes sociais, divulgar a batalha do pequeno Olek. Alguns dias depois, quando a arrecadação ainda estava em aproximadamente R$ 60 mil, dois irmãos filantrópicos decidiram comprar a medalha pelo valor completo do tratamento de Olek.
“Ficamos muito felizes, mas também estávamos muito preocupados pensando se já era tarde para os médicos salvarem Olek”, revelou a mãe, lembrando do conflito de emoções no segundo semestre de 2016.
Todos agiram rapidamente. Em setembro, o pequeno Olek já estava de volta ao consultório do especialista David Abramson, em Nova York, para saber se o tratamento a laser havia funcionado. E veio a boa notícia. “Não há mais nenhum tumor no olho”, informou o médico.
O alívio tomou conta da família. Era como se um milagre tivesse acontecido. No entanto, seis semanas depois, um novo choque: o tumor havia voltado. Mais lágrimas e mais desespero por parte da família e do medalhista olímpico. O especialista, então, partiu para outro tratamento com produto radioativo.
Até que chegou outra boa notícia, ou um segundo milagre, na definição dos familiares. O tumor havia sumido. “Acabei ficando muito mais feliz por ajudar Olek do que por ter conquistado a medalha”, resumiu o polonês. E a medalha olímpica de prata, pela qual o atleta havia batalhado tanto, tornou-se uma importante coadjuvante.
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