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Kipchoge melhora recorde mundial da maratona em 78 segundos e faz história

Eliud Kipchoge mostra novo recorde mundial conquistado na Maratona de Berlim - Fabrizio Bensch/Reuters
Eliud Kipchoge mostra novo recorde mundial conquistado na Maratona de Berlim Imagem: Fabrizio Bensch/Reuters

Do UOL, com informações da EFE

16/09/2018 07h58

Atual campeão olímpico, o queniano Eliud Kipchoge quebrou o recorde mundial ao completar a Maratona de Berlim com o tempo de 2h01min39s neste domingo (16). O tempo é 78 segundos inferior à antigo marca, que pertencia a Dennis Kimetto: 2h02min57s percorridos na edição de 2014 da corrida na capital alemã.

Esta é a maior melhora de um recorde na maratona masculina desde 1967, quando o australiano Derek Clayton baixou em mais de dois minutos a marca anterior.

"Eu não tenho palavras para descrever como me sinto. Foi muito difícil [durante os últimos 17 quilômetros], mas eu estava realmente preparado para comandar minha própria corrida. Eu tive que focar no trabalho que fiz no Quênia e foi isso que me ajudou a seguir em frente”, disse o vencedor.

Kipchoge - Markus Schreibe/AP - Markus Schreibe/AP
Imagem: Markus Schreibe/AP
Com 33 anos, Eliud Kipchoge é considerado o maior maratonista da atualidade. Ele se tornou campeão olímpico ao vencer no Rio de Janeiro e já tinha vencido duas edições na prova em Berlim, concedida por ser a que apresenta melhores condições para a quebra de recordes.

Neste domingo, Amos Kipruto (2h06min23s) e Wilson Kipsang (2h06min48s), também do Quênia, fecharam as três primeiras posições respectivamente.

Kipchoge correu praticamente sozinho desde o quilômetro 20, depois de se descolar do primeiro pelotão.

Para o atleta queniano, ganhar em Berlim e estabelecer um novo recorde mundial era um dos desafios pessoais, depois de disputar 11 maratonas e ganhar 10.

A única vez em que não venceu - ficou em segundo - foi justamente na capital alemã, em 2013, quando perdeu para o hoje terceiro colocado Kipsang. Na ocasião, o compatriota também estabeleceu um recorde mundial (2h03min23).

Depois dessa derrota, Kipchoge buscou duas vezes o recorde em Berlim, onde o percurso da prova apresenta boas condições para a quebra das melhores marcas (foi a 11ª vez que o melhor tempo da história foi conseguido na capital alemã, sendo a oitava entre os homens), mas em ambas as ocasiões teve que lidar com circunstâncias adversas.

Em 2015, as palmilhas de seu tênis se soltaram quase no início da prova, atrapalhando sua performance, mas mesmo assim ele ganhou. No ano passado, ele voltou a tentar, mas a chuva o prejudicou, e ele venceu com o tempo de 2h03min32.

Na categoria feminina, a vitória ficou com a queniana Gladys Cherono, que completou a prova em 2h18min10s e bateu o recorde da Maratona de Berlim. Ruti Aga e Tirunesh Dibaba, ambas da Etiópia, completaram as três primeiras posições respectivamente.