Varejão admite jogar no Brasil durante greve na NBA e confia em vaga em Londres-2012

A paralisação na NBA pode fazer com que o ala-pivô Anderson Varejão volte a atuar no Brasil. Em recuperação de uma lesão no tornozelo, o jogador do Cleveland Cavaliers admitiu a possibilidade de atuar em seu país durante o locaute na liga norte-americana.

“Talvez [possa jogar no Brasil]. Se não tiver mais [a temporada] da NBA, sim”, disse Varejão, em entrevista ao Sportv. “Tenho mais quatro anos de contrato com o Cleveland. Não recebi nenhuma proposta, pois todos sabem que ainda me recupero de uma lesão no tornozelo”.

Varejão considera normal a saída de atletas da NBA para atuar em outros países, como Turquia e China, durante o locaute na liga norte-americana. O ala-pivô, porém, mostrou-se cético quanto à possibilidade de astros como Kobe Bryant se arriscarem neste tipo de empreitada.

“Acho que o Kobe vai aproveitar este tempo para cuidar das lesões que teve e voltar 100% para a NBA. Jogadores como ele, Dwyane Wade e LeBron James estão em outras condições. Mas alguns jogadores devem jogar na Europa, pois precisam pagar as contas. Tem gente que ganha bem, mas precisa ter um salário mensal. Tem filhos, família para sustentar”.

A contusão no tornozelo obrigou Varejão a desfalcar a seleção brasileira masculina no Pré-Olímpico das Américas, em agosto, na Argentina. O ala-pivô, porém, está confiante na classificação do Brasil para a Olimpíada de Londres-2012 e acredita que o país conseguirá a classificação apesar de sua ausência e dos pedidos de dispensa de Nenê e Leandrinho.

“Com certeza [conseguirá a classificação]. O importante é chegar bem no Pré-Olímpico, com todos sabendo o que tem que fazer”, comentou Varejão, que procurou minimizar os pedidos de dispensa de Leandrinho e Nenê. “São jogadores importantíssimos, que defendem a seleção há anos. Não sei muito bem o que aconteceu. Mas o Leandrinho alegou problemas pessoais e temos que respeitar isto”.

O Brasil não conseguiu se classificar para as últimas três Olimpíadas. A situação, porém, é minimizada por Varejão, que não acredita que a atual geração de jogadores ficará marcada por não conseguir uma vaga nos Jogos.

“Não tenho medo [de ficar marcado]. Nós que vivemos neste meio do basquete sabemos os verdadeiros motivos porque não chegamos às últimas três Olimpíadas”, afirmou o ala-pivô.