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Defesa vira 'mantra' do Brasil contra irregularidade no início do Pré-Olímpico

Preocupação com a defesa domina pensamento dos atletas em quadra e nas entrevistas - Divulgação/Fiba
Preocupação com a defesa domina pensamento dos atletas em quadra e nas entrevistas Imagem: Divulgação/Fiba

Daniel Neves

Em Mar del Plata (Argentina)

01/09/2011 07h00

Defesa foi a palavra mais falada pela seleção brasileira nos primeiros dias do Pré-Olímpico das Américas. Independentemente do entrevistado, da pergunta ou da situação, a preocupação com a marcação se tornou uma espécie de ‘mantra’ do time nacional, que se agarra de todas as maneiras ao fundamento para acabar com as irregularidades apresentadas nos dois primeiros jogos e ser bem sucedido no Pré-Olímpico.

  BRASIL SOFRE, MAS VENCE O CANADÁ

  • Não lembrou em nada o encontro entre as equipes na semana anterior. Se na fase preparatória o Brasil massacrou o Canadá, desta vez o time nacional suou muito para vencer um rival mordido' por 69 a 57 e conquistar sua segunda vitória no Pré-Olímpico das Américas. Leia mais

“Se defendermos bem, mesmo no dia em que a bola não cair podemos ganhar os jogos. Isso é importante. Temos que defender duro sempre e deixar os rivais com menos de 60 pontos, porque assim podemos conseguir ganhar mesmo não sendo muito felizes”, disse o armador Marcelinho Huertas, grande nome dos dois primeiros jogos do Brasil.

O foco no trabalho defensivo foi o ponto mais enfatizado por Rubén Magnano durante a preparação no Pré-Olímpico. O resultado foi uma marcação alucinante nos amistosos, que fez com que o Brasil sofresse uma média de apenas 73,3 pontos por jogo durante a Copa Tuto Marchand.

Após um lapso na estreia contra a Venezuela, em que os próprios atletas admitiram falta de atenção, a defesa voltou a ser o ponto forte da equipe contra o Canadá. O Brasil sofreu apenas 57 pontos, impediu que o rival tivesse qualquer atleta com duplo dígito na pontuação e fez com que o aproveitamento do adversário nos arremessos de quadra fosse de apenas 33%.

“A partida foi boa, pois nossa defesa funcionou. Claro que teve seus erros, perdemos alguns rebotes importantes, mas conseguimos com que eles fizessem apenas 57 pontos e neutralizamos os chutadores deles”, disse o ala Alex Garcia.

Mais que a preocupação dentro de quadra, a obsessão defensiva desejada por Magnano foi incorporada no discurso dos jogadores. A palavra ‘defesa’ passou a ser utilizada até mesmo para justificar a má jornada do ataque, como ocorreu diante do Canadá.

“Eles fizeram uma boa defesa, fecharam bastante o garrafão. Mas tivemos a felicidade de ter paciência. Hoje tivemos uma defesa melhor do que ontem, o que nos deixou felizes”, afirmou Tiago Splitter. “Se fizermos uma boa defesa, podemos ter um mau ataque que vamos ganhar. Esse é o nosso objetivo, é a base que o Magnano quer”.

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