Topo

Love deixa status de popstar e vira coadjuvante nos Cavs em final do Leste

Kevin Love ficou mais no banco nos playoffs do que três jogadores do Cavs - David Zalubowski/AP
Kevin Love ficou mais no banco nos playoffs do que três jogadores do Cavs Imagem: David Zalubowski/AP

Do UOL em São Paulo

17/05/2017 04h00

Nesta quarta-feira, o jogador que chegou ao Cleveland Cavaliers como maior reforço para ajudar LeBron James na briga por títulos começa a final da Conferência Leste cada vez mais consolidado como coadjuvante do time. Aos 28 anos de idade, o ala-pivô Kevin Love, acostumado a ser estrela em toda a sua carreira, inicia a decisão contra o Boston Celtics apenas como o quarto jogador do elenco que mais jogou minutos nos playoffs.

Love foi selecionado pelo Memphis Grizzlies na quinta escolha do Draft de 2008 e trocado logo em seguida para o Minnesota Timberwolves, franquia que defendeu até o verão de 2014. Em Mineápolis, se consagrou como pontuador e reboteiro e se tornou uma das maiores estrelas jovens da NBA.

Suas boas exibições pelo Wolves renderam convocações para a concorrida seleção americana de basquete. Na equipe nacional, se tornou campeão mundial em 2010 e olímpico em 2012. Love é um dos nove únicos jogadores da história a ter os dois títulos somados a um da NBA.

A fama de Love extrapolou o basquete. Seu carisma o rendeu convites para a televisão. Além de aparecer em um episódio de "Zach e Cody: Gêmeos em Ação", programa da Disney Channel, o ala-pivô fez participação especial no último episódio da sétima temporada da série Entourage, da HBO.

O problema é que seu desempenho não foi o bastante para colocar o Wolves na rota pelo título. Desde que foi efetivado como titular, o jogador nunca teve médias inferiores a 18 pontos ou 12,5 rebotes por exibição. Mesmo assim, nos seis anos que passou na equipe, nunca conseguiu levá-la aos playoffs.

A falta de competitividade do Wolves logo se transformou em críticas ao ala-pivô. Love era acusado de se preocupar mais em aumentar suas estatísticas do que com o sucesso coletivo.

Mudança de ares

A oportunidade de mudar sua imagem veio em 2014. Depois de acertar o retorno de LeBron, o Cavaliers precisava acelerar sua reconstrução para transformar seu elenco de jovens promessas em um time pronto para brigar pelo título da NBA. Com isso, trocou Andrew Wiggins, quem havia selecionado com a primeira escolha do Draft daquele ano, por Love.

Em sua primeira temporada em Cleveland, o ala-pivô foi o segundo jogador do time com mais minutos na temporada regular e nos playoffs, consolidando-se como membro do trio de astros do elenco ao lado de LeBron James e Kyrie Irving que guiou o Cavaliers ao vice-campeonato da liga em sua primeira campanha.

A derrota na decisão, no entanto, voltou a fazer com que o ala-pivô fosse alvo de críticas. A dificuldade de Love de marcar jogadores de garrafão mais leves, cada vez mais comuns na NBA, ficou exposta na final contra o Golden State Warriors. Surgiram dúvidas quanto ao seu aproveitamento em partidas decisivas.

A redenção veio um ano depois. Com direito a defesa impecável sobre o armador Stephen Curry nos segundos finais do jogo 7, Love foi peça importante na vitória sobre o Warriors, na revanche que deu ao Cavaliers o primeiro título da NBA de sua história.

Nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), o Cavaliers recebe o Celtics na abertura das finais do Leste com Love sendo seu quarto jogador mais importante nos playoffs – LeBron James, Kyrie Irving e Tristan Thompson têm mais minutos. Com papel menor, porém, as críticas também diminuíram. Como coadjuvante, o ala-pivô encontrou seu nicho na NBA.