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Da Mangueira ao Mundial: Brasil busca vaga com formadas em projeto social

Raphaella Monteiro em ação pela seleção feminina de basquete contra a Argentina - Divulgação/Fiba
Raphaella Monteiro em ação pela seleção feminina de basquete contra a Argentina Imagem: Divulgação/Fiba

Lucas Pastore

Do UOL, em São Paulo

12/08/2017 04h00

Neste sábado (11), a seleção brasileira feminina de basquete enfrenta o Canadá, às 18h35 (de Brasília), pela semifinal da Copa América, a uma vitória de garantir vaga para o Mundial de 2018. Entre as jogadoras que buscam a vaga, estão Isabela Ramona e Raphaella Monteiro, que passaram por projeto social da Mangueira em suas trajetórias na modalidade.

Ramona tem 23 anos de idade e chega à seleção após passagem pelo Zamarat, da Espanha. Rapha, por sua vez, tem 22 e vai atuar no Velho Continente – defenderá as cores do União Sportiva, de Portugal. As duas são parte importante da rotação da seleção feminina.

Na Americup, Rapha tem média de nove pontos por jogo, segunda maior da equipe, além de 5,5 rebotes em 19,6 minutos por exibição. Ramona, por sua vez, sustenta médias de 5,3 pontos e 12,8 minutos por partida.

Isabela Ramona em ação pela seleção brasileira de basquete contra a Argentina - Divulgação/FIBA - Divulgação/FIBA
Isabela Ramona em ação pela seleção brasileira de basquete contra a Argentina
Imagem: Divulgação/FIBA

As duas jogadoras se conhecem desde a infância. Ramona, que joga como ala, começou a carreira no Fluminense. Com o fechamento da equipe de basquete feminino do clube das Laranjeiras, migrou para o projeto da Mangueira, onde conheceu Rapha, que atua como ala-pivô.

"Comecei no Fluminense. Logo depois fui para a Mangueira. Lá tem um projeto social muito bom, um trabalho de base muito bom desde o sub-12. Claro que muita gente passa e não fica no esporte, mas é um projeto que forma muitas atletas. Hoje, o projeto está lutando para sobreviver", disse Ramona, ao UOL Esporte.

A ala chegou a dividir a quadra com Rapha em equipes da Mangueira, mesmo com a ala-pivô sendo um ano mais nova.

Assim como as duas, a ala-pivô Clarissa e a pivô Érika, que fizeram parte do elenco da seleção brasileira na Olimpíada e têm passagens pela WNBA, também tiveram sua formação beneficiada pelo projeto social.

"Com certeza são inspirações para a gente. São jogadoras muito fortes. É muito legal ver que chegaram longe", opina Ramona.

Assim como as antecessoras, a ala também pensa em ir longe na carreira. Jogar no exterior e disputar uma Olimpíada pela seleção brasileira também estão entre as metas de Ramona.

"Quero chegar o mais alto possível. Quero jogar na WNBA, disputar uma Olimpíada, jogar em ligas internacionais, jogar a Euroliga. Já consegui jogar fora do país. A gente tem sempre que almejar", afirmou.

Neste sábado, uma vitória garante a classificação da seleção para o Mundial do ano que vem. Em caso de derrota, o Brasil define seu futuro na disputa pelo terceiro lugar, já que a Copa América dá três vagas para a competição internacional.

Formadas na Mangueira, Ramona e Rapha querem ir longe. O primeiro passo é chegar ao Mundial.