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FBI prende ex-jogador da NBA e mais nove suspeitos de corrupção no basquete

Chuck Person comemora vitória da Universidade da Auburn - Todd J. Van Emst/Opelika-Auburn News via AP
Chuck Person comemora vitória da Universidade da Auburn Imagem: Todd J. Van Emst/Opelika-Auburn News via AP

Do UOL, em São Paulo

26/09/2017 13h40

De acordo com reportagem dos jornais americanos "New York Times" e "USA Today", dez pessoas ligadas ao basquete universitário americano foram presas por serem acusadas de fraude, pagamento de propinas e corrupção. Entre os indiciados, estão Chuck Person, ex-jogador da NBA, e um executivo de alto escalão da Adidas.

Segundo promotor do governo dos Estados Unidos, o FBI tem investigado a influência do dinheiro em técnicos e atletas da NCAA, a principal liga universitária americana, desde 2015. Esta é origem das supostas evidências contra os dez acusados.

Entre as evidências, está documento que mostra pagamento de 100 mil dólares (cerca de R$ 317 mil) para que um jogador aceite atuar por determinada universidade. Entre os suspeitos de executar a transação está James Gatto, chefe de marketing esportivo da Adidas.

Promotores acreditam que a universidade em questão seja a de Louisville, que recentemente fechou contrato para dez anos de fornecimento de material esportivo com a Adidas por US$ 160 milhões (pouco mais de R$ 506 milhões).

“Hoje, ficamos cientes de que investigadores federais prenderam um funcionário da Adidas. Estamos adquirindo mais informações sobre a situação. Não estamos cientes de qualquer desvio de conduta e vamos cooperar completamente com as autoridades para entender melhor”, disse comunicado emitido pela Adidas.

Um dos acusados, Person, assistente técnico da Universidade de Auburn, teve carreira de sucesso na NBA. O ex-jogador passou por Indiana Pacers, Minnesota Timberwolves, San Antonio Spurs, Charlotte Hornets e Seattle Supersonics. Pela franquia de Indianápolis, chegou a ter médias de 21,6 pontos e 6,5 rebotes em 37,7 minutos por exibição.

Person é acusado de utilizar sua posição privilegiada para receber propinas ao indicar conselheiros financeiros para jogadores. Além disso, outros treinadores são acusados de cobrar para facilitar o acordo de atletas com empresários.