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Filha de ídolo do beisebol foi ofendida. E ele conseguiu demitir agressores

Curt Schilling, ex-Boston Red Sox, e sua filha, Gabby, vítima de bullying virtual - Reprodução/Twitter
Curt Schilling, ex-Boston Red Sox, e sua filha, Gabby, vítima de bullying virtual Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

14/03/2015 06h00

Algumas ofensas por redes sociais custaram caro a garotos dos Estados Unidos. As consequências aconteceram na vida real. Há alguns dias, o ex-arremessador do Boston Red Sox, Curt Schilling, deu os parabéns virtuais a sua filha de 17 anos por seu ingresso num time universitário de softbol. Por meio do Twitter, jovens publicaram mensagens agressivas para a menina, com direito até a insinuação de estupro.

Curt Schilling, então, resolveu agir. Começou a pesquisar a identidade dos agressores. Descobriu quem eram, onde trabalhavam e o que faziam. Em seguida, voltou ao Twitter para expor esses jovens e mostrar a seus patrões e chefes o que haviam feito, aproveitando sua influência e o fato de ser conhecido.

Resultado: ao menos nove jovens foram demitidos de seus empregos ou suspensos em suas faculdades. Um rapaz que trabalhava na bilheteria do New York Yankees, rival do Red Sox, foi mandado embora. Outro jovem foi afastado por uma faculdade de Nova Jersey, que publicou um texto justificando sua atitude.

“Esses meninos precisam aprender uma das lições mais importantes da vida. No mundo real, você é responsabilizado pelas coisas que diz”, justificou Schilling.

Apoiado por seus seguidores e boa parte da opinião pública, o ex-jogador ainda viu outros rapazes alegando que ele atrapalhou a vida dos agressores. Schilling respondeu exibindo reportagens sobre suicídios cometidos por adolescentes vítimas de bullying virtual.

Gabriella, a filha do ex-arremessador, também comprou a briga do pai no Twitter, reforçando a argumentação com acusações de violência física e moral contra mulheres. Os dois agressores que tiveram as identidades reveladas e foram punidos no trabalho ou na faculdade apagaram suas publicações ou tiveram as contas removidas. Um deles pediu desculpas publicamente. E Curt Schilling mostrou que a internet não pode servir de escudo para agressores.