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Arbitragem sem personalidade e dependente da televisão

Oscar Roberto Godoi

23/10/2018 14h47

A arbitragem brasileira está tão desmoralizada, sem personalidade, sem confiança e tão dependente da ajuda da televisão que, quando essa ajuda não vem, as cenas proporcionadas pelos integrantes do apito são ridículas.

Tudo isso ficou muito evidente no jogo Internacional 2 x 2 Santos, completando a trigésima rodada do Brasileirão-18. Quando o placar estava empatado em 1 a 1, o Inter desempatou com Leandro Damião. Mesmo não interrompendo a jogada marcando impedimento do atacante Colorado, o árbitro mineiro Ricardo Marques, da Fifa, e o auxiliar Sidmar Meurer também não confirmaram o gol que colocaria o Inter em vantagem, 2 a 1.

Mesmo diante de tantas evidências em jogos anteriores, como vimos no pênalti a favor do Palmeiras contra o Ceará, para citar apenas um lance em que ficou bem evidente a suspeita de que houve interferência externa, ou seja, informação de que as imagens da transmissão da televisão ou a opinião dos comentaristas chegaram aos ouvidos de um dos integrantes da equipe de arbitragem e, assim, o erro foi corrigido, a CBF ou Federações sempre negam a prática ilegal.

Para desespero de Ricardo Marques e demais companheiros, e isso ficou muito claro pelas atitudes e expressões faciais, o SporTV, responsável pela transmissão de Inter x Santos, não repetiu o lance. Depois de quase 10 minutos de interrupção e muita conversa até com quem não tinha a mínima condição de opinar se a jogada foi legal ou não, o árbitro anulou o gol marcando impedimento de Damião.

Errou a arbitragem. Nas imagens da televisão, o santista Carlos Sanches tentou interceptar o passe, ficando bem claro que foi ele quem tocou a bola para o atacante do Inter. Gol legal, eu carimbo!

A dúvida a ser esclarecida é: os árbitros estão obedecendo ordens do comando da arbitragem da CBF ou estão agindo por conta própria ao esperar as informações da tv para não cometerem erros grosseiros?

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