Pelé se contundiu logo na segunda partida, mas o elenco brasileiro, praticamente o mesmo do título mundial conquistado quatro anos antes, conseguiu seguir exibindo um futebol de altíssimo nível. Imbatível.

Amarildo teve a honra -e a enorme responsabilidade- de substituir Pelé; não decepcionou. Além dele, Djalma Santos, Nilton Santos, Zito, Didi, Vavá... Todos com apresentações históricas.

E, em meio a esse elenco histórico, quem mais se destacou foi Garrincha, com seu futebol ofensivo, irriquieto e completamente irreverente. Foi um dos seis artilheiros da Copa, mas isso por si só não demonstra todo o peso que teve para o time, a ponto de disputar a grande final com uma febre de 39ºC.

Número de Participantes - 16 Jogos - 32 Gols - 89 Média de gols - 2,78 Sedes - Arica, Rancagua, Santiago e Viña del Mar Média de público por jogo - 24.205 pessoas Artilheiros - Albert (HUN), Garrincha (BRA), Ivanov (URS), Jerkovic (IUG), Sanchez (CHI) e Vavá (BRA) - 4 gols Campeão - Brasil Vice-campeão - Tchecoslováquia Terceiro colocado - Chile

A Copa do bicampeonato brasileiro começou com uma característica negativa: a violência. O excesso de pontapés e lances desleais foi tal que antes mesmo da segunda rodada o Comitê Disciplinar da Fifa teve uma reunião com todos os árbitros para combater o problema.

Ao final da primeira fase, o saldo foi de disputas violentas -como o jogo entre Chile e Itália, que ficou conhecido como "A Batalha de Santiago".

Mesmo assim, o juiz do jogo entre Tchecoslováquia e Iugoslávia, pela semifinal, interrompeu a partida com apenas quatro minutos de bola rolando para dizer que expulsaria os 22 atletas se a violência continuasse.

Além da violência, houve equilíbrio na fase inicial, como a partida entre Colômbia e União Soviética de 3 de junho. Os soviéticos venciam por 4 a 1 até os 22min do segundo tempo, mas os colombianos marcaram três vezes em dez minutos e empataram.

Os jogos da fase final continuaram apresentando equilíbrio. O da Iugoslávia contra a Alemanha nas quartas-de-final, por exemplo, teve seu único gol marcado a três minutos do final.

A exceção foram as partidas do Brasil. Foram três vitórias incontestáveis: 3 a 1 na Inglaterra pelas quartas-de-final, 4 a 2 no Chile na semifinal e 3 a 1 na Tchecoslováquia no jogo decisivo.