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Garrincha (dir) e Pelé deixam o campo após a estréia do Brasil

FOTOS DA COPA DE 62

Sem Pelé, brilha o "Mané"

O mundo vivia o auge da Guerra Fria, e o Brasil um período político conturbado, com a renúncia do presidente Jânio Quadros. No futebol, porém, a sensação era de estabilidade. Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação campeã em 58, foi novamente chamado para comandar a seleção que iria ao Chile. E como o time era quase o mesmo do primeiro título, não deu outra: Brasil bicampeão.

Nem mesmo a contusão de Pelé logo na segunda partida foi capaz de parar o time brasileiro. Amarildo teve a honra e a enorme responsabilidade de substituir o "Rei", e não decepcionou. Além dele, brilharam Djalma Santos, Nilton Santos, Zito, Didi e Vavá - todos com desempenho fantástico.

Mas em meio a essa constelação, a estrela que mais brilhou foi a de Garrincha, com seu futebol ofensivo e irreverente. O Mané foi um dos seis artilheiros da Copa, desequilibrou para o Brasil e ainda disputou a grande final com febre de 39ºC.

A Copa do bicampeonato brasileiro começou com uma característica negativa: a violência. Chilenos e italianos protagonizaram um dos maiores vexames de todos os tempos ao trocarem socos e pontapés diante de mais de 66 mil pessoas. Com dois jogadores expulsos e outro com o nariz quebrado, a Itália perdeu por 2 a 0.

Já na semifinal entre Tchecoslováquia e Iugoslávia, o árbitro suíço Gottfried Dienst paralisou o jogo com só quatro minutos de bola rolando e ameaçou expulsar os 22 jogadores se a pancadaria continuasse.

A fase final continuou apresentando o equilíbrio que marcou o começo do torneio. As exceções foram as partidas do Brasil - três vitórias incontestáveis: 3 a 1 na Inglaterra pelas quartas, 4 a 2 sobre o Chile na semi, e 3 a 1 na Tchecoslováquia no jogo decisivo.

Os placares elásticos demonstraram a diferença técnica que era evidente. Mesmo sem Pelé, mas com Garrincha comandando um elenco excepcional, o Brasil chegou ao bi com uma superioridade incontestável sobre as demais seleções.

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