Conheça os perigos de correr todos os dias
Sair do sofá e começar a correr pode ser um processo demorado, mas depois das primeiras passadas é comum a empolgação tomar conta do novo corredor. O cansaço fica menor e a sensação pós-exercício é das mais agradáveis. No entanto, é preciso conter essa euforia e não atropelar as etapas.
Correr todo dia, embora tentador, pode ser perigoso. "O corpo não consegue ter tempo para se recuperar da sobrecarga imposta. Para que haja uma adaptação positiva (evolução), é necessário aplicar o estímulo (treino) e depois ter a recuperação adequada", alerta Rodrigo Lobo, diretor-técnico da Lobo Assessoria.
"O sistema imunológico fica mais fraco e o risco de a pessoa adoecer aumenta exponencialmente, ficando gripada ou pegando aquelas viroses. Além disso, se a pessoa tiver alguma lesão antiga ou mal curada, essa lesão seguramente vai aparecer", emenda Julio Dotti, diretor-técnico da Limite Team.
As articulações também costumam sofrer bastante quando a frequência de corrida é exagerada. Dores nos joelhos, tornozelos e calcanhares são as mais recorrentes e podem ser mais graves se o corredor não complementa sua atividade com um bom fortalecimento.
"Aquelas dorzinhas pequenas no joelho, que muitos consideram normais, não são normais. O joelho está no meio dos dois pontos principais, que são pé e quadril. Se um dos dois estiver sobrecarregado, é o joelho que vai tensionar. É como se a perna fosse uma vareta que enverga no meio, e o meio dessa vareta é o joelho", acrescenta Julio Dotti.
Atenção nos sinais que o corpo dá
Não existe regra sobre a frequência ideal na corrida. Tudo depende de uma série de fatores individuais, como sobrepeso, idade, tempo de prática, histórico de lesões, hábitos alimentares, rotina de trabalho, entre outros.
Por isso, é importante o corredor saber analisar as reações do seu corpo para saber quando pode aumentar o volume de corrida. "Se a pessoa não está sentindo nenhuma dor, muscular ou articular, e o sistema imunológico está bom, ela já pode aumentar o volume, mas o indicado é sempre alternar um dia de estímulo com um dia de descanso", indica Dotti.
"O iniciante geralmente necessita de um tempo maior de recuperação, por conta de ser um estímulo novo aplicado ao organismo. Uma frequência de 3 vezes por semana costuma ser o ideal. Já os mais experientes conseguem tolerar uma frequência de 4 a 5 vezes por semana", complementa Rodrigo Lobo.
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