Laís Souza tenta vaga olímpica no esqui, mas revela: "só esquiei uma vez na vida e caí"
A ginasta Laís Souza tentará um novo caminho em sua carreira. Após ficar afastada por uma série de lesões e ser cortada da seleção nos Jogos Olímpicos de Londres por conta de uma fratura na mão, a atleta volta à atividade, mas desta vez no esqui. Laís foi convidada e selecionada para participar da equipe brasileira de esqui aerials, que tentará vaga nos Jogos Olímpicos de Inverno no ano que vem, em Sochi, na Rússia.
Em entrevista ao UOL Esporte, a ginasta disse estar ansiosa para o novo desafio, mas revelou que só esquiou uma vez na vida, por diversão, e que não deixará a ginástica.
“Eu já esquiei uma vez, mas foi de brincadeira e quase caí. Vou ter que ter muita dedicação. E não fisicamente, mas psicologicamente, porque terei de aprender todas as técnicas, e é perigoso”, conta.
Para obter sucesso, Laís contará com a sua experiência na ginástica, mas ainda não sabe o que esperar da nova modalidade. Na seletiva realizada pela Confederação Brasileira de Desportos de Neve (CBDN), a atleta se destacou por sua força e potência.
“Eu procurei uns vídeos e quando vi as quedas, vi que são bem parecidas com as que a gente tem na ginástica, só que a altura é maior e a neve não é tão mole quanto o colchão né”, compara. “Acho que vai depender da adaptação, mas vamos ver. Se eu chegar lá e não me adaptar bem à neve e ao esporte, eu volto”, completa.
Laís, ao lado da também ginasta Josi Santos, terá apenas seis meses para adaptação, já que em dezembro começa a Copa do Mundo da modalidade, que dará vaga aos Jogos Olímpicos.
“Estou empolgada, ansiosa. É um sonho (ir aos Jogos Olímpicos de Inverno), é o que eu quero agora. Não quero ir para um outro esporte e não chegar lá. Vou fazer o que for possível e vou vendo como estou fisicamente”.
Mesmo empolgada, a ginasta admite ter medo dos riscos que correrá na nova modalidade e garante que continuará na ginástica.
“Acho que vai dar muito medo. No nosso treino, pelo o que sei, tem um colchão. O problema é na hora da competição, que não vai ter. Mas tem que treinar e ver como vai ser”, revela. “Vai ser bem complicado (conciliar com a ginástica), mas acho que tem uns espaços para treinar. Tem um tempo para os Jogos no Rio ainda, então depois que eu terminar este ciclo dá para voltar para a ginástica”, completa.
As ginastas passarão por um programa de preparação para competir na Copa do Mundo, em Whistler, no Canadá. Nos treinos, serão acompanhadas pelo canadense Ryan Snowque, que treinou por cinco anos a australiana Lydia Lassila, medalhista de ouro nos Jogos de Inverno de Vancouver, em 2010.
“Estou muito otimista. São duas grandes atletas, muito fáceis de serem treinadas, pois entendem e executam tudo muito facilmente.”, prevê o treinador.
Laís viajou para o Canadá na madrugada de domingo para segunda e inicia a preparação para aprender a esquiar. Na correria com as novidades, ela nem teve tempo de ler o contrato com a CBDN, que garante que será duradouro.
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