Integrantes da banda Pussy Riot são presas em Sochi por suspeita de roubo
Duas integrantes da banda punk Pussy Riot, Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova, foram detidas nesta terça-feira na cidade que sedia os Jogos Olímpicos de Inverno, Sochi, na Rússia. Elas postaram a informação em suas contas no Twitter. Após quatro horas presas, as ativistas foram liberadas e deixaram a delegacia usando máscaras.
"Quando fomos presas, não estávamos liderando nenhuma ação, apenas andando por Sochi", escreveu Tolokonnikova no microblog.
Segundo Alyokhina, as ativistas teriam sido presas por suspeita de roubo e foram agredidas por policiais, mesmo sem terem reagido à prisão.
O advogado da banda, Alexander Popkov, disse, em entrevista à agência de notícias AP que a polícia se recusou a revelar se elas foram detidas como suspeitas ou como testemunhas. As ativistas foram levadas à delegacia de Adler, no subúrbio de Sochi por causa do registro de um roubo no hotel onde elas estão hospedadas, segundo o advogado. Nenhuma acusação foi arquivada.
"Elas não têm ideia do que está acontecendo. Disseram a elas que não estavam sendo presas, mas convocadas para um interrogatório. A polícia, no entanto, não quer liberá-las", relatou Popkov, quando elas ainda estavam detidas.
Defensoras do boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno, elas teriam ido à Sochi para organizar protestos e cantar uma música sobre a repressão da política na Rússia, chamada "Putin irá te ensinar a amar seu país".
Segundo o repórter Simon Shuster, da revista americana Time, jornalistas também foram mantidos sob custódia.
As integrantes da banda russa lideram reivindicações contra o governo de Vladmir Putin na Rússia e chegaram a ficar 21 meses presas por terem organizado manifestação na catedral de Moscou.
*Atualizada às 11h20
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