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Cheerleaders russas devem ser as mais belas do mundo. Mas cadê o molejo?

Bruno Freitas

Do UOL, em Sochi (Rússia)

21/02/2014 12h00

Que saudades das cheerleaders do Paulistão. Até naquele Oeste de Itápolis e XV de Piracicaba mais xoxo elas requebram mais do que as russas da Olimpíada. Os Jogos de Inverno talvez tenham as “animadoras” de torcida mais belas do mundo, que colocam as da NBA no chinelo. Mas falta um requebrado mais caprichado para as meninas de Sochi, cujos rostos angelicais denunciam até um quê de tédio.

Talvez o sinal mais claro de que falte um tchan paras as animadoras de Sochi pôde ser visto na última quinta-feira, na eletrizante final do hóquei no gelo feminino entre Canadá e EUA. As meninas revezavam as aparições nos intervalos com o ursinho polar, um dos mascotes oficiais da Olimpíada. E advinha quem levantava mais a galera.

Enquanto as cheerleaders ficavam no passinho para lá e para cá, o ursinho se misturava com os torcedores, abraçava alguns deles e balançava a cabeça gigante a ponto de ela quase sair voando. Cada aparição do mascote era gargalhada na certa.

Já as animadoras não conseguiam empolgar, mesmo com um repertório de primeira do DJ da arena Bolshoy Ice Dome, que foi do instrumental de "Passarinho quer dançar", aquela do Gugu, até clássicos pulsantes do AC/DC.

A Rússia é um país de jovens lindas. Na casa dos 18, 20 e poucos, a maioria delas tem jeitão de modelo. E isso não tomando por base as animadoras de ginásio, mas indo ao encontro do popular mesmo. O teste do ponto de ônibus não mente. Em Sochi, cada um tem dois ou três rostinhos que poderiam muito bem estar na novela das 7.

De volta às arenas da Olimpíada, a sensação é de que os movimentos das animadoras são econômicos, talvez até por orientação da organização. Lembra até quando as bailarinas do Faustão dançam sem música só para fazer o pano de fundo atrás do apresentador.

A próxima parada dos eventos do COI (Comitê Olímpico Internacional) será daqui a dois anos no Rio de Janeiro. Se a Rússia caprichou em quesitos como segurança e transporte, por exemplo, na comparação de animadoras de torcidas podemos esperar mais das brasileiras. Aguardamos elas nas arenas do vôlei de praia.