Chegada ao Mineirão tem furtos e confusão de argentinos e brasileiros

Jeremias Wernek

Do UOL, em Belo Horizonte

A chegada de torcedores no Mineirão, para Argentina e Irã, não foi tranquila. Diversos relatos dão conta de uma onda de furtos de ingressos já na fila de acesso ao estádio, na esplanada do local, onde o policiamento é ostensivo. Além disso, nas arquibancadas argentinos e brasileiros bateram boca.

"Ficamos mais de uma hora na fila e aqui, bem na frente da catraca, alguém meteu a mão no meu bolso e levou o ingresso", disse o francês Julien De Cultot, que mora no Rio de Janeiro e veio com a esposa e a filha para Belo Horizonte assistir a partida.
 
Com a foto do tíquete no celular, ele pediu ajuda a Polícia Militar e não ouviu uma boa notícia. 
 
"Eu posso até entrar no estádio e localizar quem está no seu assento. Levar ele preso por furto, mas o senhor não vai entrar na partida. O ingresso já foi utilizado", disse um oficial da PM que tentava resolver o caso.
 
As vítimas se acumulavam defronte a um posto de resolução de problemas da Fifa. E vinham de várias as partes. Um rapaz, que saiu de Tucumán, também relatou furto.
 
"Um gordo, altão, me deu um empurrão na fila e arrancou o ingresso da minha mão. Não sei o que fazer", desabafou Leonel Sillich.
 
Além de quem foi furtado também havia, do lado de fora, aqueles que compraram bilhetes de cambista e se deram mal. Uma dupla de hermanos pagou 300 dólares (o equivalente a R$ 670) e não conseguiu entrar.
 
"Compramos faz uma hora, a duas quadras do estádio. Está com o nome de uma mulher e não nos deixaram entrar. Estou desesperado", afirmou o gringo que pediu anonimato.
 
Do lado de dentro do estádio mais confusão. No setor perto da área de imprensa, uma iraniana implorava ajuda aos voluntários. Ela cobrava deles a retirada de um argentino que estava no lugar supostamente de seu marido. O bate-boca se estendeu e foi em segundo plano diante de uma troca de empurrões ao lado.
 
Um argentino foi carregado para fora por dois seguranças da Fifa. E segundo depois, um grupo de brasileiros começou a trocar xingamentos com outro argentino, dezenas de cadeiras acima. Três voluntários precisaram aparecer para conter os ânimos.

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