Recordista e ovacionado, Mondragón minimiza: "Prefiro história no coletivo"

Guilherme Costa

Do UOL, em Cuiabá (MT)

O goleiro Faryd Mondragón protagonizou um dos momentos mais emocionantes da Copa de 2014 até aqui. Aos 40min do segundo tempo da vitória por 4 a 1 sobre o Japão, o colombiano de 43 anos, que esteve no banco no Mundial de 1994 e foi titular em 1998, entrou no lugar do goleiro Ospina, superou o camaronês Roger Milla e se tornou o atleta mais velho da história a disputar uma partida da competição. Era o que faltava para a festa da torcida sul-americana, maioria na Arena Pantanal, se transformar em minutos de ovação. No entanto, o jogador optou por uma postura comedida ao comentar o feito.

"Estou muito emocionado, mas o mais importante é que ganhamos o jogo. Prefiro fazer história no coletivo, e é isso que estamos tentando nesta Copa", disse o goleiro colombiano. O triunfo diante do Japão ratificou a equipe sul-americana na primeira posição da chave. Classificados para as oitavas de final, os Cafeteros já igualaram seus melhores desempenhos na história do Mundial.

"Eu fico muito orgulhoso por representar o meu país. Agradeço ao povo colombiano e a todos que apoiaram minha trajetória. É especial para mim, aos 43 anos, estar em um Mundial e fazer parte de uma equipe maravilhosa como a nossa", afirmou Mondragón.

Quando o goleiro entrou, a Arena Pantanal explodiu em gritos de "Mondragón". Sobretudo depois que o colombiano fez difícil defesa em finalização do meio-campista Honda.

"É importante ajudar a equipe, e foi isso que eu tentei fazer. Foi um prêmio e uma demonstração de confiança e carinho", avaliou Mondragón, que não estava nem aquecendo quando foi chamado pelo técnico José Pekerman: "Eu estava concentrado no jogo, com muita tensão, e nem pensava nisso".

Agora, Mondragón só quer dividir o momento com a família. "Minha mulher e meus filhos. Quero desfrutar com eles e aproveitar essa ocasião especial. Estamos fazendo história no Brasil, mas história de forma coletiva", encerrou.

A Colômbia jogará contra o Uruguai nas oitavas de final da Copa do Mundo. O vencedor desse duelo enfrentará o sobrevivente entre Brasil e Chile, o que garante ao menos um sul-americano nas semifinais do torneio.

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