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Nos pênaltis, Costa Rica evita vingança do Uruguai por derrota na Copa

Do UOL, em São Paulo

13/11/2014 23h23

Na Copa do Mundo, a Costa Rica abriu contra o Uruguai a sua histórica campanha que só parou nos pênaltis, contra a Holanda, nas quartas de final. Naquele jogo em Fortaleza, os costarriquenhos bateram os uruguaios, de virada, por 3 a 1, em seu primeiro triunfo no então "Grupo da Morte". Na noite desta quinta em Montevidéu a sensação continuou a aprontar: após empate de 3 a 3 no tempo normal, a Costa Rica venceu o amistoso por 7 a 6 nos pênaltis.

Ao Uruguai, fica a felicidade de ver seu ataque estelar novamente funcionar: Suárez foi o melhor em campo e fez um, enquanto Cavani, apesar de perder diversas chances claras, também. Para a Costa Rica, além da simbólica vitória nos pênaltis, fica o orgulho: de novo contra uma das principais seleções do mundo um ótimo resultado. Será que mantém o ritmo para 2018?

Fases do jogo
A Costa Rica, agora, sem Jorge Luís Pinto como técnico, mudou seu esquema: em vez do 5-4-1 da Copa, entrou no Centenario com um 4-4-2. Mas a proposta de jogo era a mesma: ataques incisivos com a bola nos pés, defesa forte sem. E a tática deu certo por todo o 1° tempo: Saborio (que não jogou a Copa por lesão) abriu o placar de cabeça 41 min., após cruzamento de Bryan Ruiz. Enquanto isso, o Uruguai era neutralizado, mantendo a posse de bola mas sem conseguir chegar perto da área rival.

O jogo, porém, mudou na segunda etapa. A zaga costarriquenha bobeou e deixou espaço na área para Suárez, logo aos 4 min. dominar quase na marca do pênalti e fuzilar Navas. O Uruguai se empolgou tanto que esqueceu a defesa, se jogando ao ataque, e apenas um minuto depois a Costa Rica chegou fácil: Saborio fez lindo corta-luz na meia-lua para Ruiz, que bateu colocado e marcou, lembrando o gol que fez contra a Grécia na Copa.

Desta vez, porém, o Uruguai não se abalou ao ficar atrás do placar. Continuou atacando e aproveitou dois erros raros da zaga rival para encontrar a virada. Primeiro Giménez, livre, empatou de cabeça; depois, Cavani achou Sánchez livre na direita e se posicionou na área para tocar de cabeça sem chances para Navas. Só que o emocionante 2° tempo ainda não havia acabado: sobrou tempo para Saborio ajeitar de cabeça para Venegas tocar na saída de Muslera e levar o amistoso para os pênaltis.

Nas cobranças, a Costa Rica repetiu a Copa: venceu de virada. Com Navas pegando uma cobrança e com Saborio marcando após a bola bater no travessão e nas costas de Muslera, Gamboa fechou a série em 7 a 6.

O melhor: Suárez
Gamboa, lateral-direito da Costa Rica, fez grande Copa do Mundo. Mas não encarou Suárez no Mundial - o atacante estava lesionado. No amistoso, Suárez deitou e rolou nas costas do rival, conseguindo entrar na área e criando jogadas em cruzamento e toques para trás constantemente (além de ter a camisa rasgada após lance de habilidade). Mereceu o gol que fez e criou a dúvida nos uruguaios: teriam vencido na Copa se ele tivesse atuado?

O pior: González e Duarte
Diferentemente da Copa, quando foram dois dos alicerces defensivos da Costa Rica, os zagueiros foram mal nesta quinta. Os atacantes uruguaios apareceram muitas vezes, além dos três lances de gol, na frente de Navas. No gol de Cavani, por exemplo, um erro de passe causou o contra-ataque já próximo à área. 

Para lembrar

Acredite: a Costa Rica não só fez campanha espetacular na Copa do Mundo como chegou ao amistoso uma invencibilidade de 11 jogos. O empate no tempo normal no Centenario aumentou a ótima marca da promissora seleção para 12. É a segunda maior marca da seleção da América Central (13 é a principal).

O Uruguai volta a campo na próxima terça-feira, contra o Chile, fora de casa.

Em partidas entre seleções, foi o primeiro 3 a 3 ocorrido na história do estádio Centenario de Montevidéu.