Patadas y Gambetas

Caniggia: ‘Quase fiz dupla com Messi na Copa de 2010’

Tales Torraga

Claudio Paul Caniggia está em Buenos Aires, para festa das rádios, TVs e sites que buscam as suas opiniões sobre a Copa do Mundo da Rússia.

Além de oferecer as suas impressões sobre a seleção de Jorge Sampaoli, o carrasco do Brasil em 1990 tem contado histórias saborosas sobre a sua vida vestindo azul e branco. E um desses episódios é simplesmente estarrecedor: Diego Armando Maradona, seu histórico amigo, o chamou para fazer dupla com Lionel Messi na Copa do Mundo de 2010, disputada na África do Sul.

Caniggia hoje e em 1994: seria parceiro de Messi em 2010 – Montagem/Site El Diez

Detalhe: Caniggia estava com 43 anos e aposentado desde os 38.

''Carlos Bilardo (então braço-direito de Maradona) conversou comigo em 2009 me pedindo para ir à Copa do Mundo da África. Eu estava sem jogar fazia quatro anos e meio, mas treinava e estava bem fisicamente. Bilardo e Maradona sabiam disso, e me pediram para jogar alguns meses na Argentina para voltar a ter ritmo. O clube que tinham reservado era o Arsenal'', disse Cani ao Fox Sports da Argentina.

''Me propuseram um trabalho especial no CT da seleção em Ezeiza. Me arrependo por falar não. Tinham que insistir mais. Hoje, me culpo. Nossa reunião foi em outubro. Se alguém insistisse comigo em novembro ou dezembro, com certeza iria.''

''A ideia, claro, era jogar 20 ou 30 minutos, não mais que isso.''

''Se me falassem de outra maneira, com certeza seria diferente. Precisariam ser mais contundentes. Eu seria o primeiro a fazer dupla com Maradona e depois com Messi. Seria espetacular. Mas ficou no quase.''

A Argentina em 2010 contou com um ataque fortíssimo: Messi, Higuaín, Agüero, Di María, Tevez e Palermo participaram daquela campanha na África do Sul. E já fica a dúvida: algo seria diferente se aquele time contasse também com Caniggia?

A seleção de Maradona foi nocauteada pela Alemanha nas quartas de final por um impiedoso 4 a 0 na Cidade de Cabo. E a despedida de Caniggia da seleção continuou sendo a sua bizarra expulsão como reserva na Copa de 2002, na eliminação azul e branca diante da Suécia, ainda na primeira fase.

O então técnico era Marcelo Loco Bielsa.