Ele é comparado a LeBron e escolheu o ex-técnico dos EUA para comandá-lo - conheça Zion Williamson
Enquanto LeBron James levava uma verdadeira surra em casa no sábado contra o Oklahoma City Thunder, um jovem de 17 anos que é comparado ao ala do Cleveland Cavs decidia seu futuro. Em uma coletiva de imprensa cercada de expectativa, Zion Williamson, conhecido por suas ferozes enterradas no circuito colegial norte-americano, anunciou que jogará pela faculdade de Duke na NCAA a partir da próxima temporada. Ao lado dele, os outros dois jovens mais bem avaliados do país também foram pra mesma universidade (R.J. Barrett e Cameron Reddish).
A opção de Zion faz todo sentido e é bem racional. Com proposta de quase todas as melhores faculdades do país (North Carolina, uma potência, entre elas, por exemplo), o ala optou por Duke, um dos melhores programas de basquete dos Estados Unidos e que tem em Mike Krzyzewski o seu técnico. Pra quem não associou o nome a pessoa, Coach K, como é conhecido, é o manda-chuva de Duke desde 1980, conquistou cinco títulos nacionais e foi o responsável por recolocar a seleção norte-americana nos trilhos. Como treinador, Krzyzewski guiou Kobe Bryant, LeBron James, Kevin Durant e outras feras a a três medalhas de ouro olímpicas seguidas (2008, 2012 e 2016) e a dois mundiais consecutivos (2010 e 2014). Como se vê, Williamson não poderia ter feito uma opção de carreira mais segura.
Nascido em 6 de julho de 2000 em North Carolina, Williamson se mudou para South Carolina logo aos dois anos. Aos 4, viu seus pais se separarem, mas a tristeza deu lugar a uma oportunidade. A mãe dele, Sharonda Sampson, se casou logo em seguida com Lee Anderson, ex-jogador da faculdade de Clemson e o cara que passou a treinar Zion desde os cinco anos de idade. Sempre com uma altura descomunal, o jovem hoje com 2,03m atuava contra meninos com quatro, cinco anos a mais que ele e não demonstrava a menor dificuldade. Nos tempos livres, o garoto ficava no quintal de casa sendo treinado por Anderson até a hora que Sharonda gritava pros dois entrarem para comer e descansar um pouco.
No primeiro grau, sua altura deu um salto absurdo do oitavo para o nono ano (de 1,75m para 1,91m) e no segundo ele registrou as médias de 24,4 pontos, 9,4 rebotes, 2.8 assistências, 3,3 roubadas e 3 tocos como calouro do colégio Spartanburg. Ali seu nome passou a ser conhecido em todo país e ele teve a sorte de que seus técnicos não o colocaram para jogar de pivô, algo muito comum (ele era o mais alto do time, obviamente). Reconhecendo a incomum habilidade do rapaz para conduzir a bola e também para armador o jogo, Zion passou a ser testado em diferentes posições, funções e situações de jogo. Daí pra frente o sucesso foi imenso. No segundo ano, média de 32 pontos e título estadual. No último, entre 2017 e 2018, 36.8 pontos, 13 rebotes e título nacional, o segundo consecutivo. Na decisão, Zion despejou surreais 51 pontos.
Seus números, obviamente devem ser relativizados, já que Zion enfrenta garotos mais baixos, mais fracos e que muito provavelmente jamais jogarão em faculdades renomadas dos Estados Unidos. Suas enterradas ganharam destaque pelo fato de que ele "amassava" jovens de quase 30cm a menos que dividiam a mesma quadra que ele. O que chama atenção na próxima fera de Duke, porém, vai além dos números. Seu potencial físico, a maneira como ele consegue fazer inúmeras funções do basquete e o domínio de todos os fundamentos é que impressionam. Parece algo fácil, mas vale lembrar, de novo, que o rapaz nasceu em 2000 e que não completou 18 anos ainda (só em julho deste ano).
Jogando para um craque das pranchetas como é Coach K a partir de 2018/2019, a tendência é que Zion, canhoto e dono de muita técnica na condução de bola, tenha suas habilidades potencializadas, sua leitura de jogo melhoradas, seu arremesso mais calibrado e sua capacidade de liderança desenvolvida. Se no colégio a sua parte defensiva nem era exigida já que os rivais nem sequer ousavam atacá-lo devido a estatura, agora na NCAA certamente isso lhe será cobrado e será bom ver como ele reage a isso também. A comparação com LeBron James é cruel para um garoto que nem na Universidade pisou até agora, mas realmente faz todo sentido pela forma como ele tem atuado em seu colégio.
Técnico que também o queria em sua faculdade, Roy Williams, de North Carolina, descreveu Zion Williamson como o melhor jogador que pisará nas quadras da NCAA desde Michael Jordan. Pra azar de Roy, Zion jogará para Duke e para Coach K. Sorte de Williamson.
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