Segundo atleta da Rússia é pego no antidoping nos Jogos de Inverno

Nadezhda Sergeeva, do bobsled, tomou um remédio que não foi receitado pela federação do país

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A atleta de bobsled russa Nadezhda Sergeeva (à dir.) foi flagrada em um exame antidoping nos Jogos de Inverno de PyeongChang
A atleta de bobsled russa Nadezhda Sergeeva (à dir.) foi flagrada em um exame antidoping nos Jogos de Inverno de PyeongChang - Arnd Wiegmann/Reuters
São Paulo | Reuters

Uma segunda atleta da Rússia foi flagrada em um exame antidoping por uso de um medicamento para melhorar o desempenho nos Jogos de Inverno de PyeongChang. A confirmação é mais um golpe para a tentativa do país de recuperar sua reputação olímpica e acabar com anos de escândalos de doping.

Um exame da atleta de bobsled Nadezhda Sergeeva mostrou o uso de um remédio cardíaco em 18 de fevereiro, cinco dias depois de um teste de doping anterior apresentar resultado negativo, informou a Federação Russa de Bobsled em um comunicado divulgado nesta sexta-feira (23).

“No dia 13 de fevereiro, sua amostra estava limpa. A equipe médica do time não prescreveu o remédio à atleta”, disse a federação em sua página oficial no Facebook.

“A Federação Russa de Bobsled e a própria atleta entendem a extensão de sua responsabilidade e como o que aconteceu pode ter impacto no destino de toda a equipe”, afirmou a entidade.

Nesta semana, o atleta russo de curling Alexander Krushelnitski concordou em devolver a medalha de bronze conquistada nas duplas mistas devido ao uso de meldonium, substância usada como remédio cardíaco e que pode aumentar a resistência.

O caso de Krushelnitsky chocou os esportistas russos que competem em PyeongChang como atletas neutros. A Rússia foi excluída da Olimpíada por conta de seu envolvimento num programa de dopagem sistemático e com participação estatal —o que Moscou nega.

A participação dos mais de 160 russos como atletas neutros foi autorizada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) após uma série de testes internos e rigorosos. 

REPUTAÇÃO RUSSA

O caso de Krushelnitski levantou dúvidas se a violação às leis do doping foi intencional, já que o meldonium ofereceria poucos benefícios no curling, que não envolve grande desgaste físico.

Àquela altura, a Rússia ainda tinha a esperança de que o COI anularia a suspensão do Comitê Olímpico Russo e permitiria que os atletas marchassem com a bandeira nacional na cerimônia de encerramento dos Jogos, no domingo (25)

Essa perspectiva se tornou mais complicada após o segundo exame positivo de um atleta russo —agora a Rússia é responsável por dois dos quatro testes positivos nos Jogos. Além deles, um patinador japonês e um jogador de hóquei esloveno foram flagrados no antidoping.

O COI não emitiu um posicionamento sobre o caso de Sergeeva até o momento.

A confirmação do doping chegou poucas horas depois de centenas de torcedores russos comemorarem a primeira medalha de ouro do país na competição, conquistada pela patinadora artística Alina Zagitova.

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