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Firmino joga muito e abre guerra com Jesus por vaga entre os onze

Menon

24/04/2018 17h38

Uma certeza da seleção brasileira vai se transformando em improbabilidade a cada jogo do Liverpool na Liga dos Campeões ou no Campeonato Inglês. Ninguém poderá falar em surpresa se no dia 17 de junho às 15 horas a escalação do Brasil contra a Suíça trouxer Roberto Firmino e não Gabriel Jesus.

Os números com a amarelinha, como diria Zagallo, fazem bonito em um currículo do garoto Jesus, mas Firmino, próximo dos 28 anos (completa em outubro), mostra uma maturidade e uma efetividade que apontam para o ápice de sua carreira. Difícil imaginar que possa crescer muito, é essa a hora. A sua Copa. Pode ser a conjunção dos astros, pode ser a borra no café, pode ser a média entre o calor de Mercúrio e os anéis de Saturno, pode ser, mas não é. É futebol.

Ele esta jogando muito. Dentro da área. Fora dela. Perto dela. Longe dela. Sua participação na goleada do Liverpool sobre a Roma foi fundamental. Um passe decisivo para Salah. Bem, que ninguém nos leia, mas foi um passe tipo Carlos Henrique para Maradona contra os ingleses em 94. Passe simples que o artilheiro completou com sua genialidade (Maradona) ou eficiência (Salah). Merito muito maior do arco do que da flecha.

O segundo, não. Um lindo passe de Firmino para o toque suave e maravilhoso do egípcio. Salah é uma pirâmide a ser decifrada por Uruguai e Rússia, se não quiserem ser eliminados na primeira fase da Copa.

No segundo tempo, Salah serviu Mané para o terceiro. E Firmino para o quarto. Duas jogadas iguais, pela direita, aproveitando-se da frouxidão defensiva temporária da Roma. E Firmino ainda fez o quinto, de cabeça. Um jogador em estado de graça, brilhante às vezes e útil, sempre.

No final, a postura sempre agressiva do Livepool, marcando no campo do rival e roubando bolas que se transformavam em gols, cansou. A Roma se aproveitou e fez dois gols. E quem ganhou por 3 x 0 do Barça, pode repetir a dose. A vaga para a final está indefinida. A vaga de Firmino na Copa está garantida. É barbada. Está entre os 22 e pode estar entre os onze.

Sobre o Autor

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.