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Matt Anderson diz que Brasil é o melhor do mundo

Sidrônio Henrique

14/09/2017 06h00

De folga, o atacante americano Matt Anderson não participou da Liga Mundial 2017 (fotos: FIVB)

"O Brasil tem a melhor seleção do mundo". Quem afirma é o atacante americano Matt Anderson, em entrevista exclusiva ao Saída de Rede, prévia ao embarque para o Japão, onde atualmente disputa a Copa dos Campeões. Pode parecer confete, afinal antes do ouro olímpico na Rio 2016, o último título de peso da seleção brasileira masculina havia sido o distante Mundial 2010, mas o ponta/oposto ressalta que o time de Wallace, Bruno e cia praticamente não sai do pódio. "Não é fácil se manter assim com o voleibol sendo tão competitivo", completa o jogador de 30 anos e 2,08m, principal nome do voleibol masculino dos Estados Unidos na atualidade.

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A Copa dos Campeões 2017, na qual os EUA acumulam uma vitória (3-0 sobre o Japão) e uma derrota (2-3 para o Irã), já era encarada por ele como uma etapa para recuperar o ritmo. Após mais uma temporada de clubes pela equipe russa Zenit Kazan, pela qual joga desde 2012 e renovou por mais um ano, Anderson recebeu folga da seleção, concedida pelo técnico John Speraw, e não participou da Liga Mundial. Sobrou tempo para ficar com a família, viajar e até para mais uma tatuagem.

Ele começou na entrada contra o Irã, depois foi deslocado para a saída

Brincalhão
"É tão estranho estar de novo no time", diz. O repórter se surpreende e o atleta continua, às gargalhadas: "Brincadeira. Estou adorando. Depois de tanto tempo longe, é ótimo poder estar de volta, finalmente poder competir. Eu estava esperando justamente por isso. Outros voltaram também, como o Max Holt (central) e o Aaron Russell (ponta), é legal rever todo mundo".

Sua principal preocupação no momento é voltar à forma – retornou às quadras nos dois amistosos em que sua seleção perdeu para o Brasil, na segunda quinzena de agosto, em Chicago. "Eu tenho que trabalhar bastante para recuperar o ritmo, pois fiquei muito tempo afastado. Vai ser duro, mas tenho que fazer isso o quanto antes".

Anderson recebe um saque: para ele "tanto faz" ser ponta ou oposto

Orgulho
Campeão da Liga Mundial 2014, da Copa do Mundo 2015 e bronze na Rio 2016, Matt Anderson acompanhou atentamente o desempenho do renovado time dos EUA na Liga Mundial deste ano. "Mesmo que eu não esteja treinando com eles, nunca deixo de seguir a equipe. Fiz questão de ver a Liga Mundial, esses caras são meus irmãos, minha família. Foi bom demais vê-los crescer ao longo da competição. Temos uma turma com muito potencial, como Ben Patch (oposto), TJ DeFalco (ponta), Thomas Jaeschke (ponta). Fiquei orgulhoso por eles terem chegado às finais da Liga Mundial, o quarto lugar foi algo muito bom".

Oposto na seleção por muitos anos, embora nessa Copa dos Campeões tenha atuado tanto na saída como na entrada de rede, a exemplo do que fez no Mundial 2014, ele é ponta no clube. Afinal, em qual posição prefere jogar? Nos bastidores, pessoas próximas ao atacante dizem que ele gosta mesmo é de ser ponteiro, mas Anderson desconversa. "Tanto faz. O que o time precisar, vou lá e faço. Vai depender da escalação, da formação da equipe. Eu jogo onde for preciso", afirma.

Confronto
Pela Copa dos Campeões, Brasil e EUA se enfrentam neste sábado (16), à 0h40 (horário de Brasília), com transmissão no canal da FIVB no YouTube. O torneio termina domingo. Os brasileiros estrearam com uma vitória em sets diretos sobre a França, que foi ao Japão sem N'gapeth e Le Roux, mas depois foram surpreendidos pela também desfalcada Itália, que não conta com Zaytsev e Juantorena.

De 26 de setembro a 1º de outubro, os americanos disputarão, em casa, na cidade de Colorado Springs, o campeonato da Norceca (Confederação da América do Norte, Central e do Caribe), que classifica os quatro primeiros para o Mundial 2018.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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