Após vexame, seleção feminina joga hoje para não ficar 6 anos sem vencer em Mundiais e Olimpíadas
Não há muito o que se possa falar quando uma seleção brasileira feminina adulta de basquete perde das Ilhas Virgens, né? Pois foi o que aconteceu ontem em Buenos Aires na Copa América. Sim, isso mesmo. Com todo respeito ao país caribenho, que nunca disputou Mundial ou Olimpíada e figura na posição de número 50 no ranking da Federação Internacional, mas não dá pra uma nação que teve medalha olímpica e título mundial nos últimos 25 anos se conformar com isso.
Neste basquete feminino brasileiro que acumula vexame após vexame nos anos mais recentes o último aconteceu nesta quarta-feira na capital argentina quando uma paupérrima equipe nacional perdeu das Ilhas Virgens por 67-60 na prorrogação. O time do técnico Carlos Lima fez tenebrosos 23 pontos no primeiro tempo, apenas 2 no tempo extra, chutou 16% de 3, 38% de dois pontos e conseguiu a proeza de mais uma vez ter mais de 20 desperdícios de bola em uma partida. Uma lástima, sem dúvida alguma. Tirando Raphaella Monteiro, que saiu-se com 15 pontos, ninguém se salvou em um time pálido, sem confiança e cujos fundamentos estão longe de estarem lapidados.
A incredulidade das rivais, que ganharam provavelmente o jogo mais importante da história do país, dava bem o tom que estava acontecendo no ginásio do Obras Sanitárias na tarde de ontem. Um time estava escrevendo o capítulo mais lindo da sua história. O outro, pavimentando o poço com mais um vexame.
E vocês sabem o que a derrota traz para esta quinta-feira? Uma urgência absurda de vitória contra a Argentina na última rodada da primeira fase. Caso vença, o Brasil se classifica. Se perder do até então único invicto time do grupo e a Colômbia ganhar a Venezuela, o Brasil passa em segundo lugar mesmo com derrota devido ao saldo de cestas. Se a Colômbia perder das venezuelanas e o Brasil também sair derrotado contra as platenses, as Ilhas Virgens passam e o time de Carlos Lima estará eliminado.
E ontem, com meus botões, fiquei pensando: se for eliminado na primeira fase ou mesmo no eventual jogo do bronze (algo bem possível), o Brasil corre o risco de ficar seis anos sem vencer uma única partida de Mundial ou Olimpíada. O último triunfo foi contra o Japão no Mundial de 2014 (30/09/2014 por 79-56). Depois disso, 0 vitória e cinco derrotas na Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016. Caso não jogue o Mundial de 2018, nova chance de ganhar em um torneio Classe A da FIBA só aconteceria em 2020, na Olimpíada de Tóquio (isso se jogar, claro…).
O poço do basquete feminino parece não ter fundo, não é mesmo? Repito a pergunta de sempre: quem vai salvar a modalidade das meninas no Brasil? Alguém? Ou vão deixar acabar, como está acontecendo nos últimos anos?
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