Topo

Bala na Cesta

Bala na Cesta: 9 anos e muito obrigado

Fábio Balassiano

21/09/2017 08h30

Lá se vão nove anos, pessoal.
 
Nove anos que o blog nasceu. Naquele 21 de setembro de 2008 em que, na minha casinha, me recuperava de uma lesão no joelho, tinha toda incerteza do mundo a meu favor, mas decidi mudar de vida e ganhar uma nova vida.
 
Não tinha a menor ideia do que estava fazendo, mas eu tinha certeza absoluta que precisava fazer algo. Entre uma ida a esteira e outra a piscina para acelerar a recuperação eu moldei os meus próximos passos. Se daria certo, ninguém sabia.
 
Decidi, naquela época, sair do jornalismo esportivo tradicional (o de redação, o que está quase acabando por aí neste Brasil de tantos "solavancos") e partir pro mundo corporativo. Foi uma opção e posso dizer que, quase dez anos depois, acertada.
 
A veia jornalística, porém, não deveria morrer e pra isso decidi continuar escrevendo – e escrevendo apenas sobre o que mais gostava (e ainda amo, claro).
 
Nascia, ali, o Bala na Cesta. Primeiro em voo solo, e desde 6 de junho de 2011 no guarda-chuva do UOL. Meu primeiro texto está aqui, e o mais bizarro é notar que desde aquele agora longínquo 21 de setembro de 2008 já foram quase 9 mil artigos publicados (média de quase 2,71 por dia) no blog (isso sem falar nos tuítes, instagrams e facebooks da vida).
 
Desde sempre sem nenhuma pretensão, sei bem do crescimento do blog e tenho muito orgulho das coisas que alcançamos juntos. Mais do que "o que", me orgulho da forma como tudo foi alcançado – com isenção, coragem, independência, algumas "boas brigadas" e fazendo exatamente o que sempre sonhei em fazer no jornalismo – cobrir basquete da (minha) melhor maneira possível.
 
E a melhor maneira possível de quem cobre basquete trabalhando mais de 10h/dia no mundo corporativo nem sempre é a ideal, eu sei bem disso. De todo modo e sabendo de todos os meus erros, acho que o saldo é positivo, né? Vocês foram comigo a dois All-Star Games da NBA, leram entrevistas com alguns dos nossos ídolos (Isiah Thomas, Alonzo Mourning, Hakeem Olajuwon etc.), vimos quase todas as finais do NBB, fui a incontáveis Jogos das Estrelas, conseguimos furos históricos (corte da Iziane em 2012, parceria da NBA com o NBB, ida do Leandrinho de volta ao Suns, crises eternas na CBB etc.), vimos todos os NBA Global Games do Brasil, entre outras coisas.
 
Tenho certeza absoluta que foram os últimos 3.300 dias foram os mais felizes, difíceis e mal dormidos da minha vida. Agradeço a vocês, leitores, por toda fidelidade, carinho, broncas e aprendizados, e a minha família e amigos pela paciência.
 
São nove anos praticamente sem sair nenhum dia de semana à noite, uma disciplina difícil de manter pra quem começou com isso aos 25 anos, com finais de semana vendo todos os tipos de jogo de basquete do mundo e madrugadas inteiras editando textos / vídeos / projetos / programas.
 
Costumo dizer do fundo do coração que jamais viverei uma experiência pessoal, no sentido de me conectar comigo mesmo e me conectar com pessoas que jamais imaginei que fossem gostar do meu trabalho, igual na minha vida. Mas sei, também, que mudanças são a única certeza desta vida e que nada é pra sempre.
 
Não sei até quando isso vai durar. Só sei que nestes 9 anos eu sorri muito mais do que chorei com o Bala na Cesta. E eu agradeço a vocês por isso.
 
Muito obrigado.

Sobre o blog

Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.