Na noite do Draft, a inaceitável troca que levou Jimmy Butler do Chicago ao Minnesota

O Draft da NBA de 2017 não teve tanta surpresa assim. O Sixers escolheu o armador Markelle Fultz como número 1, o polêmico Lonzo Ball (polêmico devido a seu maluco pai, Lavar) vai pro Lakers, Jayson Tatum pro Boston, Josh Jackson pro Phoenix e por aí vai (aqui a lista completa). Nenhum brasileiro foi selecionado na noite de ontem no Brooklyn e agora Georginho, Lucas Dias e Mogi, inscritos no Draft deste ano, só poderão jogar na liga norte-americano assinando contratos direto com as equipes. De acordo com matéria da Folha, o armador Georginho tem uma proposta de contrato parcialmente garantido com o Houston Rockets (mais aqui).

O que chamou a atenção mesmo foi o que aconteceu entre Minnesota e Chicago. Com o pick 7, o Wolves despachou Kris Dunn, o lesionado ala Zach LaVine e um belo sorriso para o Bulls, que enviou simplesmente o Draft de primeira rodada (número 16) e a sua estrela maior, Jimmy Butler.

Troca sensacional para o Minnesota, que adiciona um veterano capaz de liderar e melhorar a defesa, um cara que trabalha absurdamente e que já conhece o técnico. Butler e Tom Thibodeau já trabalharam juntos em Chicago e agora se reencontram no Wolves. O trio Andrew Wiggins, Butler e Karl-Anthony Towns tem tudo pra ser um dos mais explosivos e animados da NBA na próxima temporada.

Agora, pelo lado do Chicago eu não entendi nada, nada mesmo. E explico. O problema não está na reconstrução, na remontagem, na reestruturação da equipe, algo justo e que de fato tem que acontecer na franquia que é uma zona.

Antes de seguir vale uma observação Na real, da real, eu acho que você tendo uma estrela deve SEMPRE rodear o cara de talentos, algo que aconteceu nesta mesma franquia há cerca de 30 anos vocês sabem com quem. Mas na incapacidade de fazer algo com Jimmy Butler por lá, ok, vamos a troca. Entendo isso.

O problema está NO QUE foi obtido em troca. Ao meu ver o Chicago deu demais (o pick 16, pra quê????) e pegou MUITO menos do que poderia por um All-Star. Lakers e Boston tinham picks mais altos, por exemplo, e já estavam doidos em cima do cara. Pra mim foi mancada do Chicago não pela troca mas sim pelo que teve de volta. Jimmy Butler estava sendo cortejado por quase todos os times da NBA, e não creio ser razoável que a melhor coisa que o Bulls conseguiria de volta foi a troca que foi realizada ontem.

Ao Minnesota, conhecido por escolhas ruins de Draft e trocas que sempre terminam mal pra franquia, aparentemente a noite de 22 de junho de 2017 pode ser considerada bem histórica e quem sabe o começo de uma era de vitórias e sucesso.

Trocar por um All-Star, manter duas de suas principais estrelas e vislumbrar playoff já em 2018 é algo que talvez nem Tom Thibodeau acreditasse que conseguiria nesta quinta-feira nos Estados Unidos.