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Marcel Rizzo

Austrália dividida entre técnico local ou gringo à Copa. E Felipão espera

Marcel Rizzo

15/12/2017 04h00

A seleção australiana de futebol procura um técnico para a Copa do Mundo de 2018, mas a cúpula da federação está dividida. Uma parte prefere que um treinador local, nascido na Austrália, assuma. Outra acha que vale manter a aposta em um estrangeiro. Se a segunda turma vencer a queda de braço, há chance de Luiz Felipe Scolari ir para o seu quarto mundial.

O grego Ange Postecoglou deixou o comando da Austrália em novembro, logo depois de classificar o time para a Rússia, mas apenas na repescagem (bateu Honduras). Seu trabalho foi criticado por não ter conseguido a vaga direta nas eliminatórias da Ásia (na geografia da Fifa os australianos não estão na Oceania), e a saída no tradicional "comum acordo" teve mais o dedo dos cartolas locais que preferem dar início a um novo trabalho.

Para Felipão, como disse em entrevista à Reuters, não interessa um trabalho a curto prazo, de apenas seis meses até o fim do Mundial — a Austrália caiu no Grupo C, junto a França, Peru e Dinamarca. Ele quer um contrato de ao menos dois anos, para que possa deixar uma marca.

Houve um contato, apurou o blog, informal de um empresário europeu representando os australianos, e a resposta de Felipão foi positiva, mas com o porém de querer um acordo mais longo. A Federação Australiana, entretanto, trabalha com a possibilidade de oferecer um contrato mais curto, até a Rússia, e depois preparar um projeto para o ciclo até o Mundial de 2022, que será no Qatar.

Isso deve ser problema, e não só com Felipão. O australiano Graham Arnold, que comanda o Sydney FC, um dos tradicionais clubes do país, foi cotado para a vaga, mas também não demonstrou interesse em assinar por pouco tempo. Ele já comandou a Austrália, entre 2006 e 2007.

Felipão deixou o Guangzhou Evergrande, da China, em novembro, ao fim do contrato. Foram mais de dois anos de trabalho por lá, com três títulos nacionais. Em Copas do Mundo, o treinador esteve em 2002 com o Brasil, quando foi campeão, e em 2006 com Portugal e 2014 novamente com o Brasil, quando as duas vezes atingiu a semifinal.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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