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Dentil/Praia e Vôlei Nestlé superam maiores rivais e decidem Copa Brasil

João Batista Junior

18/01/2018 23h38

Osasco vence clássico contra Sesc e vai decidir Copa Brasil (foto: Luiz Pires/Fotojump)

Cumprindo campanhas distintas na temporada, o líder invicto da Superliga, Dentil/Praia Clube, e o terceiro colocado do nacional, Vôlei Nestlé, na noite nesta quinta-feira, bateram seus principais adversários – um no âmbito estadual, outro, nacional – e vão decidir, na sexta, a Copa Brasil feminina 2018.

Será o duelo de duas equipes de investimento pesado e que sonham acabar com a hegemonia do Sesc-RJ no vôlei nacional. A diferença fundamental entre os dois sextetos é que o de Uberlândia busca firmar-se na condição de melhor time do vôlei brasileiro feminino no momento e o de Osasco quer impulso para fugir das oscilações que o acompanham.

A final em Lages (SC) será disputada na sexta-feira, a partir das 21h30 (horário de Brasília), com transmissão do SporTV.

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Vôlei Nestlé vence o clássico
Bicampeão da Copa Brasil (2008 e 2014), o Vôlei Nestlé encontrou o Sesc-RJ. No primeiro duelo entre as duas esquadras na temporada, a equipe de Osasco foi batida em casa, por 3-2. A revanche veio nas semifinais da Copa Brasil e o time paulista não desperdiçou a oportunidade.

Duas sequências no serviço das pontas estrangeiras foram destaque nos dois primeiros sets do clássico: se a peruana Angela Leyva quebrou o passe carioca na parcial de abertura, a dominicana Isabel Peña devolveu a gentileza na etapa seguinte. A diferença é que a vantagem do Sesc-RJ na segunda etapa durou quase nada, e antes da metade do set, já era o Vôlei Nestlé quem estava à frente.

Fabíola: boa distribuição contra o Sesc

Sem hesitar em levantar para as centrais Bia e Ninkovic, Fabíola fazia com que o ataque osasquense fluísse, evitando sobrecarregar Tandara ou Leyva. As cariocas, que tinham dificuldade no ataque para vencer o bloqueio adversário, saíram completamente de órbita no segundo set, quando o árbitro não enxergou um desvio de Ninkovic num ataque de Monique.

Com grande prejuízo no placar, Gabi, que sentiu dores na coxa pela manhã e foi poupada nos primeiros sets, entrou no terceiro em lugar de Drussyla. Ainda que não estivesse completamente à vontade para execução dos movimentos, ela foi uma boa opção ofensiva para o time do Rio e, mais do que isso, sua entrada mudou as referências do ataque carioca, o que fez com que o bloqueio do Osasco não se achasse na parcial.

No quarto set, entretanto, o Vôlei Nestlé voltou a dominar a partida. Embora lutasse contra seu adversário histórico e contra uma ansiedade indisfarçável – que fez a equipe cometer erros que mantiveram o Sesc sempre próximo no marcador –, o time esteve sempre na dianteira e fechou o jogo em 3 sets a 1, com parciais de 25-22, 25-17, 20-25, 25-21.

Classificação do Praia
Diante do Fluminense, no domingo (15), pela Superliga, o desfalque Nicole Fawcett foi um problema difícil de contornar para Dentil/Praia Clube, que suou para vencer por 3-2, virando um placar de 3-7 no tie break. Contudo, nesta quinta-feira, frente ao Camponesa/Minas, a ausência da oposta norte-americana do sexteto titular foi suprida a contento pelas principais atacantes praianas das extremidades – Fernanda Garay e Carla, substituta de Fawcett.

Praia supera Minas: equilíbrio só no 1º set (foto: Greik Pacheco)

Embora tenha equilibrado o primeiro set, dando até a entender que poderia vencer a parcial de abertura do confronto, o passe acabou comprometendo o resultado do Minas. Sem ter de confrontar o bloqueio de Fawcett (1,93m), que só entrou em quadra numa inversão, a levantadora Macris aproveitou-se da menor estatura de Claudinha (1,81m) e Carla (1,77m) e investiu nas atacantes da entrada de rede – Rosamaria e Pri Daroit.

Porém, quando o jogo com as ponteiras ficou previsível e o sistema defensivo do Praia se estruturou para as cortadas de Hooker, as minastenistas não encontraram desafogo nas jogadas de meio, justamente porque o saque praiano criou problemas para a linha de recepção adversária.

Longe de reagir, a situação do Minas apenas se agravou no restante da partida. O Praia, com a força das centrais Fabiana e Walewska no bloqueio, o destemor de Carla no saque e no ataque e uma boa distribuição de Claudinha no levantamento, chegou rapidamente ao 3 a 0 na partida, com parciais de 27-25, 25-14, 25-14.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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