Em “ano excepcional”, ZRG admite: é preciso aprender a jogar com asiáticas
Com títulos no Torneio de Montreux, no Grand Prix e no Sul-Americano, além de uma medalha de prata na Copa dos Campeões, numa temporada em que apenas quatro jogadoras com experiência olímpica foram convocadas a compor o time feminino do Brasil, o técnico José Roberto Guimarães pode dizer que a seleção cumpriu bom papel em 2017. "Foi um ano excepcional, acima das expectativas, com um grupo novo e com planejamento até 2020", enalteceu o treinador.
Porém, quando o assunto é o retrospecto do Brasil este ano contra sextetos orientais, a situação muda de figura. Em contraste com vitórias sobre sérvias, norte-americanas, holandesas e russas, o time sofreu reveses diante de chinesas, japonesas e, até, tailandesas. Essa dificuldade, como ressaltou Zé Roberto, não é nova nem é exclusiva do elenco atual.
"Aprender a jogar contra essas equipes, que têm uma velocidade diferenciada, é importante. Esse grupo tem que aprender a jogar contra equipes asiáticas, o que sempre foi uma grande dificuldade (para as seleções que o Brasil já montou)", lembrou o tricampeão olímpico, que também comanda o Hinode Barueri, na Superliga feminina.
Siga o @saidaderede no Twitter
Curta a página do Saida de Rede no Facebook
No cômputo dos torneios deste ano, as brasileiras encontraram asiáticas do outro lado da rede em oito oportunidades e perderam cinco vezes. Na fase classificatória do Grand Prix, caíram para as tailandesas em sets diretos e para as japonesas no tie break, e ainda perderam para as chinesas por 3-0. Na Copa dos Campeões, foram batidas pelas chinesas depois de abrirem 10-5 no set desempate e desperdiçarem dois match points, e perderam também por 3-2 para o Japão. "Ter perdido mostrou que o caminho é aprender a jogar com elas, tentar fazer mais jogos", analisa.
Por outro lado, o técnico brasileiro lembra que o fator torcida também deve ser considerado na hora de avaliar o rendimento da seleção diante dessas rivais. Ele toma como exemplo o sexteto japonês.
"A gente tem a felicidade de jogar com o Japão em casa, ano que vem, e os dois jogos que perdemos (para as japonesas) foram no Japão. Vamos ver em casa como o time vai se comportar na primeira fase da Liga Mundial feminina", ressaltou Zé Roberto – como o Saída de Rede informou em primeira mão, há três meses, o Brasil terá Japão, Sérvia e Alemanha no primeiro fim de semana da competição que substitui o Grand Prix e se chamará Volleyball Nations League.
Mundial
Necessidade de se adaptar ao jogo das asiáticas à parte, o técnico José Roberto Guimarães demonstra otimismo em relação ao 2018 da seleção brasileira, o ano do Campeonato Mundial do Japão.
É claro que os Jogos Olímpicos são a obsessão de seleções e atletas do vôlei, são o ponto final na linha do tempo do planejamento das comissões técnicas. Isso, no entanto, não diminui em nada a relevância do Campeonato Mundial e a importância de uma boa campanha no torneio.
Para o campeonato do ano que vem, Zé Roberto afirma que os resultados obtidos em 2017 trazem confiança para um elenco que tem se renovado e que ainda deve ser reforçado por atletas mais experientes.
"Vamos ver, nesse próximo ano, como a volta de algumas jogadoras vai encaixar nesse grupo, que teve um ano muito interessante. Estou numa expectativa muito grande em relação à seleção, porque a gente saiu com resultados positivos. As jogadoras que participaram este ano estão com uma autoestima importante pelo que realizaram. Agora, fica a expectativa pela manutenção desses resultados", frisou o treinador.
O título mundial de seleções ainda é uma lacuna no histórico do vôlei feminino do Brasil, três vezes vice-campeão da competição (1994, 2006 e 2010), e também na carreira de José Roberto Guimarães: ele comandou as brasileiras nos três últimos mundiais, quando conquistaram duas pratas e um bronze (2014), e dirigiu a equipe masculina na campanha do quinto lugar na edição de 1994.
Colaborou Carolina Canossa
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.