Brasil se impõe e vence fácil a Argentina na estreia no Sul-Americano
Vencedor das últimas 11 edições, de um total de 19 conquistas, sem perder sets no torneio desde 1999, a seleção brasileira feminina fez prevalecer a lógica e bateu em sets diretos (25-21, 25-15, 25-15) a Argentina na primeira rodada do 32º Campeonato Sul-Americano, em Cali, na Colômbia. A vitória fácil das brasileiras sobre um adversário que, nos últimos anos, vem se firmando como a segunda força do continente demonstra o abismo técnico entre a equipe treinada por José Roberto Guimarães e os demais times. O campeão da competição garantirá vaga no Mundial 2018, no Japão.
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Além de brasileiras, argentinas e colombianas, o campeonato tem a presença do Peru, da Venezuela e do Chile. Todas as equipes se enfrentam, em cinco rodadas que serão disputadas em dias seguidos. Os jogos são exibidos no site da Confederação Sul-Americana de Vôlei (CSV).
TABELA DO SUL-AMERICANO FEMININO (horário de Brasília)
Dia 15 (terça-feira) – Brasil 3-0 Argentina (25-21, 25-15, 25-15)
Dia 16 (quarta-feira) – Brasil vs. Venezuela, às 17h
Dia 17 (quinta-feira) – Brasil vs. Chile, às 19h
Dia 18 (sexta-feira) – Brasil vs. Peru, às 19h
Dia 19 (sábado) – Brasil vs. Colômbia, às 17h30
Escalação
O Brasil entrou em quadra com Tandara (chamada pelo locutor da CSV de "Tândara"), Roberta, Natália, Rosamaria, Adenizia, Bia e Gabi – time que tem sido uma escalação inicial constante de Zé Roberto esta temporada, exceto pela presença da líbero Suelen em vez de Gabi. No dia 6 deste mês, a seleção brasileira conquistou seu 12º título do Grand Prix, enquanto a Argentina terminou no 10º lugar na segunda divisão.
Zé Roberto levou ao Sul-Americano as 14 jogadoras que participaram da fase final do GP. Além das oito mencionadas acima, foram inscritas Macris, Monique, Amanda, Drussyla, Carol e Mara. Todas foram acionadas contra a Argentina. Já a ponteira Gabi, que se integrou à seleção na última quinta-feira (10), viajou para a Colômbia, mas apenas treina com o grupo como preparação para a Copa dos Campeões, no Japão, de 5 a 10 de setembro.
O jogo
Com uma certa dose de acomodação, as brasileiras permitiram que as oponentes equilibrassem o primeiro set até o 18º ponto, mas depois controlaram a partida, apesar de demonstrar relaxamento nos finais da segunda e terceira parciais.
Tandara foi a maior pontuadora, com um total de 16. No ataque, ela colocou no chão 10 em 21 tentativas. Natália marcou 12 pontos, sendo 11 de ataque (recebeu 23 levantamentos). Adenizia fez 10 pontos, sendo seis no ataque. Pela Argentina, as maiores pontuadoras foram duas centrais: Julieta Lazcano, com 11, e Mimi Sosa, bastante conhecida pelo torcedor brasileiro (irá para sua quarta temporada na Superliga), com nove. O Brasil marcou 11 pontos de bloqueio (seis com Tandara) contra sete do adversário. Foram sete aces das brasileiras e dois das argentinas. O time de Zé Roberto ganhou quase um set em erros das oponentes, foram 21 pontos, e cedeu 12.
Provável rodízio
Em razão do baixo nível dos adversários, que cientes da superioridade brasileira encaram o Sul-Americano como uma preparação para o qualificatório continental que dará outra vaga para o Mundial 2018 (será disputado de 11 a 15 de outubro, em Arequipa, no Peru), o técnico Zé Roberto provavelmente promoverá um rodízio ao longo do campeonato no time que começará as partidas.
A Argentina, que esta temporada não conta com a levantadora Yael Castiglione e com a oposta Leticia Boscacci (ambas pediram um tempo para ficar com a família e tentar engravidar), veio à Colômbia sem suas duas melhores ponteiras: a veterana Yas Nizetich, que sentiu dores no joelho direito, e a novata Elina Rodriguez, com um estiramento na parte posterior da coxa direita. Se em condições normais de temperatura e pressão, resistir ao Brasil seria uma tarefa ingrata para Las Panteras, como são chamadas em seu país, com os desfalques a vida das brasileiras ficou ainda mais fácil – uma parte considerável dos pontos da Argentina na primeira parcial surgiu em erros ou falta de atenção do Brasil.
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