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Melhor seleção da Europa, Sérvia tritura adversários e está no Mundial feminino 2018

João Batista Junior

28/05/2017 20h27

Sérvia: cinco jogos, cinco vitórias por 3 a 0 nas eliminatórias para o Mundial (fotos: CEV)

A Sérvia quase não suou o uniforme para conquistar vaga no Campeonato Mundial do Japão 2018. No torneio eliminatório em Varsóvia, as sérvias bateram Eslováquia, Islândia, Chipre, Rep. Tcheca e Polônia sets diretos, sofrendo mais de 20 pontos apenas em uma parcial – 26-24 contra as tchecas – e já entraram em quadra na última rodada neste domingo, com a vaga assegurada.

Diante da Polônia, que precisava de uma vitória por 3-0 ou 3-1 para chegar à repescagem, a Sérvia venceu por 3 sets a 0, em parciais de 25-15, 25-16, 25-15. A oposta Tijana Boskovic, que anotou 21 vezes no placar contra as polonesas, terminou o hexagonal com 82 acertos, média de quase 7,5 pontos por set e 59% de aproveitamento no ataque. Números bem expressivos, em que pese a fragilidade dos rivais.

No jovem elenco sérvio – que tem a líbero Silvija Popovic como única jogadora titular acima dos 30 anos de idade –, três ponteiras têm passagem pelo vôlei brasileiro: Brankica Mihajlovic, que já foi campeã da Superliga pelo Rexona –, além de Sanya Malagurski e Tijana Malesevic, no Osasco.

Terceira colocada no Europeu de 2015, vice-campeã na Copa do Mundo daquele ano e medalhista de prata na Rio 2016, a equipe dos Bálcãs, pela juventude do plantel e reconhecida qualidade de suas atacantes, tem tudo para lutar pelas primeiras posições no mundial do ano que vem e, por que não?, sonhar com o título inédito – sua melhor participação em mundiais foi em 2006, com o terceiro lugar obtido no Japão, ainda quando o país era Sérvia e Montenegro.

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O torneio também levou a Rep. Tcheca à repescagem das eliminatórias europeias, que serão disputadas em agosto e darão uma vaga para o campeonato no Japão. Nesta semana, outros cinco hexagonais qualificatórios definem quem vai acompanhar a Sérvia no Japão e quem estará na disputa junto o sexteto tcheco.

Agora, são quatro as seleções classificadas para o Mundial: além da Sérvia, Japão, EUA e Brasil já estão na competição.

A caminho da Funvic/Taubaté, Ivovic (8) ajudou a classificar a Sérvia para o Mundial

ELIMINATÓRIAS MASCULINAS
O fim de semana levou a Sérvia não apenas ao mundial feminino como também ao masculino. Em Zagreb, os sérvios não passaram nenhum aperto para carimbarem o passaporte para o campeonato a ser realizado na Itália e na Bulgária, ano que vem.

Diante de Suíça, Bielorrússia, Dinamarca, Noruega e da anfitriã Croácia, os sérvios venceram os cinco jogos por 3 a 0. O ponteiro Marko Ivovic, que vai defender a Funvic/Taubaté na próxima temporada, foi o atacante com maior aproveitamento da equipe no torneio, pontuando em 64,5% das cortadas que efetuou.

Apesar do desempenho pífio na Polônia, em 2014, quando não chegou nem perto de se classificar para a terceira fase do torneio, o retrospecto recente de participações da Sérvia em mundiais é de respeito: entre 2002 e 2010, os sérvios (como Iugoslávia, Sérvia e Montenegro e, finalmente, Sérvia) foram três vezes semifinalistas, havendo conquistado o bronze na Itália, em 2010.

Quem também passou pelas eliminatórias sem perder nenhum set foi a França. Neste domingo, em Lyon, os atuais campeões europeus bateram a Alemanha por 3 sets a 0 (25-22, 25-20, 25-20). O jogo foi a reedição da decisão do terceiro lugar no Mundial de 2014 – na ocasião, foram os alemães que venceram em sets diretos e ficaram com o bronze.

A Rússia sofreu um susto, mas também garantiu classificação para Itália/Bulgária 2018. Neste domingo, em Tallin, os russos perderam o primeiro set para o time de casa e estavam em desvantagem no placar da segunda parcial em 21-18, mas viraram e venceram a Estônia por 3 sets a 1 (21-25, 25-21, 25-18, 25-19).

Em 2018, os eslovenos irão ao mundial pela primeira vez

Entre os classificados europeus para o Mundial masculino de 2018, destaque para eslovenos e holandeses.

Vice-campeã continental em 2015, a Eslovênia, em casa, neste domingo, venceu a Bélgica num jogo equilibrado, por 3 sets a 1 (28-30, 26-24, 27-25, 25-20) e se qualificou, como país independente, pela primeira vez na história para um mundial adulto de vôlei.

Já a Holanda, campeã olímpica em Atlanta 1996 e segunda no Mundial da Grécia, em 1994, não disputava o campeonato desde a edição de 2002, na Argentina. Neste domingo, em Apeldoorn (Holanda), precisava de apenas dois sets contra a Eslováquia e venceu a partida por 3 sets a 2 (25-27, 26-24, 22-25, 25-16, 15-9).

A outra seleção classificada da Europa foi a Finlândia, que, na Rep. Tcheca, superou Espanha, Chipre, Suécia, Irlanda do Norte e o time da casa para conquistar a vaga.

Itália, Bulgária, Polônia, Rússia, Sérvia, Holanda, Finlândia, França e Eslovênia já estão no Mundial. Alemanha, Eslováquia, Bélgica, Estônia, Bielorrússia e Espanha disputam uma vaga, em julho, na repescagem europeia.

Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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