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Douglas Souza não se preocupa com excesso de veteranos na seleção: “Joga quem estiver melhor”

Carolina Canossa

31/05/2017 06h00

Campeão olímpico, jogador lidera a nova geração brasileira (Foto: Divulgação/CBV)

O grande número de jogadores acima de 30 anos chamou a atenção na primeira convocação de Renan Dal Zotto à frente da seleção brasileira. Porém, para um dos expoentes da nova geração do vôlei brasileiro, isso está longe de ser um problema: em entrevista exclusiva ao Saída de Rede, Douglas Souza garantiu não se preocupar com a concorrência de atletas com maior bagagem internacional.

"O Renan chamou muitos jogadores experientes, mas também muitos jovens. Será uma mistura interessante e vai jogar quem estiver melhor", acredita o atleta. "Tem muita coisa para acontecer ainda nesse novo ciclo", destacou.

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Na visão do ponteiro campeão olímpico em 2016, o fato de Renan estar pressionado por substituir ninguém menos que Bernardinho é indiferente na hora de entrar em quadra. "Seleção já tem uma pressão natural independente de técnico ou de adversários. Na verdade, não muda muita coisa: vamos pra cada competição com o mesmo pensando de buscar a melhor colocação sempre", afirmou.

Campeão olímpico na Rio 2016, Douglas acumulou ótimas atuações pelo Sesi ao longo dos últimos meses. O jogador, porém, não conseguiu ajudar o time paulistano como gostaria, devido a lesões que o tiraram de momentos decisivos no Campeonato Paulista (tornozelo) e da Superliga (abdômen). "Poderia ter acontecido com qualquer um", resignou-se o atleta.

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Douglas Souza ficou satisfeito com seu saque e ataque, mas quer melhorar fundo de quadra (Foto: Divulgação)

Desapontado? Sim, mas não muito. Inclusive, na visão dele, o Sesi chegou ao máximo que poderia, diante das circunstâncias – o time da Vila Leopoldina, que fez um investimento alto para a temporada 2016/2017, ficou com o vice tanto no Paulista quanto na Copa Brasil, além de ter sido o terceiro colocado na Superliga.

"Fiquei frustrado claro por não poder ajudar o time num momento importante, não acho que ficamos abaixo das expectativas porque sofremos muito com lesões durante a temporada, o time foi muito bem em chegar onde chegamos, mesmo com todas as dificuldades não desistimos de lutar em momento algum", analisou Douglas, que também falou sobre o próprio desempenho. "Acredito que me destaquei na parte ofensiva (ataque e saque) que era o que o time precisava. Por outro lado, acho que minha defesa no fundo de quadra poderia ter ajudado um pouco mais", comentou.

Douglas viajou no último fim de semana com a seleção brasileira para a Itália, onde na sexta-feira (2) o time estreia na Liga Mundial encarando a Polônia ao meio-dia. Nos dois dias seguintes, os adversários serão respectivamente o Irã (meio-dia) e a Itália (9 horas). Todos os horários são de Brasília.

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Sobre a autora

Carolina Canossa - Jornalista com experiência de dez anos na cobertura de esportes olímpicos, com destaque para o vôlei, incluindo torneios internacionais masculinos e femininos.

Sobre o blog

O Saída de Rede é um blog que apresenta reportagens e análises sobre o que acontece no vôlei, além de lembrar momentos históricos da modalidade. Nosso objetivo é debater o vôlei de maneira séria e qualificada, tendo em vista não só chamar a atenção dos fãs da modalidade, mas também de pessoas que não costumam acompanhar as partidas regularmente.

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