Vôlei Nestlé e Rexona têm dia para esquecer no Mundial de Clubes
Depois de estrearem com vitória contra times japoneses, as equipes brasileiras se deram mal diante das gigantes do vôlei turco, nesta quarta-feira, pela segunda rodada do Campeonato Mundial feminino de Clubes. Para chegarem às semifinais em Kobe, Vôlei Nestlé e Rexona-Sesc terão de vencer, respectivamente, Volero Zürich e Dínamo Moscou, pela última rodada da fase de grupos, na madrugada de quinta para sexta-feira.
Ficou claro, mais uma vez, o desnível entre o voleibol feminino brasileiro de clubes e o europeu: ter bons valores, como Tandara, Dani Lins e Bia, no caso do time de Osasco, ou Juciely, Fabi, Gabi e uma promissora Drussyla, como tem a equipe carioca, foi suficiente para equilibrar alguns sets, mas não o bastante para frear duas das equipes que mais investiram neste ano.
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O Vôlei Nestlé enfrentou um time que tem oscilado bastante na temporada e que demorou a engrenar na partida. Mas, quando o Eczacibasi VitrA acordou, fechou o jogo com duas rápidas parciais e venceu o vice-campeão da Superliga por 3 sets 1 (25-21, 20-25, 25-16, 25-13).
As osasquenses até tiveram um bom início no confronto. Com um sistema defensivo que propiciou bons ralis no primeiro set e uma virada de bola eficiente no segundo, a equipe brasileira deu a entender que complicaria a vida das campeãs mundiais. Tandara, Bia e, sobretudo, Bjelica tinham, àquela altura, 50% de aproveitamento no ataque cada uma, ao passo que as rivais abusavam dos erros – especialmente no saque.
Contudo, quando o Eczacibasi se ajustou no serviço, o jogo mudou bruscamente: o passe do Vôlei Nestlé quebrou e o time marcou apenas 29 pontos na soma dos dois últimos sets.
Substituta de Kosheleva, que viu todo o confronto do banco de reservas, a ponta Hande Baladin deu sustentação ao fundo de quadra da equipe turca e terminou sendo também uma boa opção no ataque. De carona na pressão do saque, o bloqueio do Eczacibasi também cresceu na partida e matou qualquer pretensão das brasileiras. A ponta Jordan Larson pontuou em 62% das cortadas que efetuou e a oposta sérvia Boskovic, com 17 pontos, um a mais que sua compatriota Bjelica, foi a principal anotadora do confronto.
Vale ressaltar que o sexteto de Istambul chegou a Kobe depois de uma temporada que começou promissora, com um título mundial nas Filipinas, em outubro, e terminou sem que a equipe chegasse a nenhuma outra final – nem da liga turca, nem da Copa da Turquia, tampouco da Champions League.
Para pontuar o momento conturbado do time, a imprensa turca tem noticiado esta semana que o técnico italiano Massimo Barbolini será demitido depois do mundial, seja qual for o resultado, e será substituído pelo brasileiro Marco Aurélio Motta – que foi antecessor de José Roberto Guimarães na seleção brasileira, levou a Turquia às Olimpíadas de Londres 2012 e já treinou o próprio Eczacibasi, em meados da década passada.
VakifBank vs. Rexona-Sesc
O passe e o ataque das campeãs da Superliga sofreram com o saque e o bloqueio das campeãs europeias. Essa frase pode servir como resumo da vitória do VakifBank sobre o Rexona-Sesc por 3 sets a 1 (25-17, 25-15, 20-25, 25-15).
Apenas no terceiro set e na primeira metade do quarto foi que o Rexona conseguiu mostrar um bom voleibol. O sistema defensivo do time brasileiro parou Ting Zhu & cia., e Roberta teve o passe na mão para distribuição as bolas no ataque. Mas ficou só nisso.
Com bloqueadoras de estatura elevada e sacadoras que não hesitaram em caçar Drussyla (que recebeu 40 dos 84 serviços adversários), a equipe turca marcou nada menos que 25 pontos sem atacar ou esperar pelo erro do Rio – 19 pontos de bloqueio e seis aces.
Ting Zhu, que às vezes nem parecia que saltava para atacar, empatou com a também ponta Kimberly Hill como maior pontuadora da partida, com 18 acertos – a diferença é que chinesa teve 56% de aproveitamento no ataque contra 42% da norte-americana. Destaque, ainda, para a central Milena Rasic e a levantadora Naz Aydemir, ambas, respectivamente, com cinco e quatro anotações no bloqueio.
Pelo lado carioca, a jogadora mais regular foi Juciely: se ela (1,84m) e Carol (1,83m) pouco puderam fazer no bloqueio contra atacantes acima de 1,90m de altura, sua eficiência no ataque foi perceptível: foram dez pontos nesse quesito, com 66,6% de aproveitamento.
Às 21h40 da quinta-feira, pelo horário de Brasília, o Rexona-Sesc volta à quadra no Japão para encarar o Dínamo Moscou em jogo que deve valer a segunda vaga do grupo às semifinais. Em seguida, à 0h10 da sexta, é a vez de Osasco e Volero Zürich se enfrentarem, numa partida em que talvez um set baste para que o Volero assegure o primeiro lugar.
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