Ele foi jogador da NBA na década de 80 e hoje vende produtos derivados de maconha em Portland
Um dos grandes jogadores do Portland Trail Blazers que chegou à final da NBA duas vezes (1990 e 1992), Cliff Robinson teve carreira longa na melhor liga de basquete do mundo. Foram 18 temporadas como atleta profissional, passagens também por Phoenix Suns, Detroit Pistons, Golden State Warriors e New Jersey Nets até a aposentadoria em 2007.
Com 40 anos e tendo acumulado mais de US$ 60 milhões em salários, Robinson, apelidado de Uncle Cliffy (Tio Cliffy), decidiu investir em sua vida pós-basquete longe das quadras. Nada de ser técnico ou comentarista, caminho muito comum a ex-jogadores. Ele, por sua vez, participou do programa Survivor (o No Limite dos Estados Unidos), adquiriu imóveis, participou de uma inusitada missão de paz na Coreia do Norte com Dennis Rodman e em 2016 se tornou sócio de uma marca que vende produtos derivados de maconha em Portland.
Nascia, então, a "Uncle Cliffy" (mais aqui e aqui), marca que desde o começo de 2017 abastece lojas de todo Estado de Oregon, um dos quatro estados dos Estados Unidos cuja venda de produtos derivados de maconha é permitida. Em uma fazenda de Portland (a maior cidade de Oregon), Cliff e seus sócios fazem desde a plantação até a comunicação com as lojas que desejam comprar da empresa. Sem medo, Robinson quase sempre toma a frente quando precisa falar com os compradores e também com a imprensa interessada em matérias sobre o negócio.
"É uma oportunidade para eu contar às pessoas um pouco sobre minhas ideias fora do basquete. As pessoas no Oregon me conhecem como jogador de basquete, mas quero tirar o estigma em torno da maconha, e a percepção errônea de que os atletas e cannabis são incompatíveis", contou ao Portland Business Journal recentemente.
Cliff empresta sua imagem para a empresa explorar nas comunicações de site e redes sociais, mas não fica por aí. Ele também tem tentado debater com as principais ligas de esporte nos Estados Unidos a possibilidade da utilização da erva para atletas profissionais sem que eles (jogadores) sejam punidos devido a isso. No hóquei no gelo (NHL), as regras são bem mais brandas que que na NFL e na NBA, por exemplo.
"Os jogadores passam por muito estresse físico e mental. No fim do dia, a maconha é uma alternativa melhor do que qualquer remédio. Não é sintético, então na minha opinião eu não vejo problema algum em liberar. É uma discussão ampla e que precisa ser feita", afirma Robinson em seu site.
Como detalhe, vale lembrar que em quase 2 décadas de atuação profissional Robinson foi preso em 2001 por posse de maconha (suspenso por um jogo), e em 2005 e 2006 deixou de atuar em cinco jogos de cada uma das temporadas por não cumprir as normas dos testes de drogas da NBA.
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